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dimanche 31 août 2008

Maioria das empresas não cumpre contrato laboral

Têxtil e calçado quebram acordo geral dado como exemplo de boas práticas, revela estudo

Somente na região do Tâmega e do Sousa há mais de 1400 empresas de têxtil, vestuário e calçado que empregam mais de 34 mil pessoas. A precariedade laboral está, no entanto, a aumentar e a preocupar o sindicato do sector.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Sectores Têxteis, Vestuário, Calçado e Curtumes do Distrito do Porto (Sintevecc) analisou a indústria do têxtil, vestuário e calçado nos concelhos de Amarante, Baião, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Penafiel e Paredes, e concluiu que a maior parte das empresas não cumpre o que está no Contrato Colectivo de Trabalho (CCT), assinado em 2006.
Entre as conclusões do trabalho, intitulado "Caracterização das Relações Laborais e da Fileira das ITVC na Região do Tâmega e do Sousa", sobressaem os salários praticados. Há trabalhadores a receber menos que o salário mínimo nacional (SMN) e 26% dos trabalhadores inquiridos ganham apenas o SMN.
"Nesta região existem trabalhadores profissionais qualificados e com categoria reconhecida, em todos os sectores excepto na cordoaria, que não auferem o salário legal livremente negociado com as associações patronais e nem sequer recebem o salário mínimo nacional", salienta o estudo. Este cenário é mais preocupante no sub-sector do vestuário, onde 73% dos trabalhadores ganha o SMN. No têxtil, esta percentagem é de 15% e no calçado de 10%.
Os salários são uma de várias preocupações. Foram, também, detectadas falhas graves no pagamento de trabalho suplementar, nas normas de marcação de férias e nas condições de saúde, higiene e segurança no trabalho.
Na visão do sindicato, os problemas não afectam apenas os trabalhadores. Está em risco a sustentabilidade do tecido empresarial. "Basta analisar a região do Tâmega e do Sousa para constatarmos que uma parte das empresas da ITVC pratica concorrência desleal com as empresas que cumprem com as suas obrigações legais, no que respeita aos salários, à segurança social e ao fisco", destaca o documento.
Uma das explicações para o que o sindicato diz ser um "nível elevado de desconformidades" no cumprimento do CCT é a nova dimensão do sector. "Estes oito concelhos mostram claramente as transformações dos últimos trinta anos", salienta a presidente do Sintevecc, Palmira Peixoto.
Com base em dados do Ministério do Emprego, de 2005, o estudo revela que das 1434 empresas da indústria têxtil, vestuário e calçado (ITVC), dos oito concelhos do Tâmega e Sousa, 45% têm entre um a nove trabalhadores, 42% entre dez e 49 pessoas, 9% entre 50 a 99, e 4% entre 100 e 250. Apenas cinco empresas empregam mais de 250 pessoas.
A preponderância de organizações micro e pequenas explica o aumento do número de empresas entre 2003 e 2005, mas é a base de parte dos problemas. "Podemos dizer que este incumprimento é maior quanto mais pequenas forem as empresas", explica a dirigente sindical.
Nesta nova estrutura de empresas muito pequenas destaca-se, ainda, o nível da subcontratação. Cerca de 63% das empresas recorre a outras para produzir os seus artigos, mas recorre também ao trabalho domiciliário, impossível de detectar. Razão pela qual o sindicato tem dúvidas quanto à dimensão do emprego gerado por estes sectores na região.
Em 2005, segundo o estudo, 34 662 pessoas dependiam das ITVC, mas esse número pode atingir as 40 mil. "Não nos sendo possível apurar com rigor quantas pessoas trabalham à peça no domicílio, parece-nos não ser exagerado afirmar que mais de 40 mil trabalhadores, nas empresas e domicílio, labutam na ITVC na região do Tâmega e do Sousa", salienta o documento.
JN

47 a 62 mil professores não conseguem contrato

Educação. Menos de oito mil vão iniciar contrato ou renovar vínculoSindicatos divergem nas estimativas dos excluídos na contratação residualNão chegaram a oito mil - foram 7856 - os candidatos à contratação que encontraram uma vaga no concurso para preenchimento das necessidades residuais das escolas, cujas listas definitivas foram publicadas já depois das 23.00 de sexta-feira. Destes, cerca de 4300 obtiveram o primeiro vínculo, enquanto 3556 viram os seus contratos renovados. Um número que, ainda assim, traduz um progresso considerável em relação aos mesmos concursos do ano passado: 3252 contratados.Mas ficam-se por aí as comparações, já que a contabilidade dos candidatos à contratação este ano não chegou a ser divulgada pelo Ministério da Educação - ontem, uma vez mais, incontactável - e as estimativas das maiores estruturas sindicais do sector estão muito longe de coincidir.A mais representativa, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), contou cerca de 55 mil, o que siginficaria que mais de 47 mil acabaram excluídos. Já a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) chegou a contas bem maiores: acima de 70 mil candidatos, o que equivaleria a mais de 62 mil sem contrato.Nestes concursos ficaram também sem colocação cerca de 1050 professores dos quadros de zona pedagógica (QZP), que concorreram por não terem serviço distribuído nas escolas a que estiveram afectos em 2007/2008.Discrepâncias contabilísticas à parte, os sindicatos concordavam ontem, no essencial, na apreciação a estes concursos."O Ministério da Educação disse que já tem os professores suficientes para o sistema educativo [120 mil], mas não levou em conta as áreas onde o sistema é insuficiente, como o pré-escolar, o secundário (que precisa de mais alunos) ou a Educação especial", disse ao DN Dias da Silva, secretário-Geral da FNE."No pré-escolar e no 1.º ciclo não houve uma única contratação", reforçou Mário Nogueira, líder da Fenprof, lembrando os compromissos do Governo para reforçar estes sectores. "A senhora ministra já disse várias vezes que o Ministério da Educação não é um centro de emprego, mas a verdade é que está a transformá-lo num centro de desemprego. Até os professores dos quadros estão a ficar de fora", criticou.Para o sindicalista, isso sucede "porque os professores nas escolas estão sobrecarregados, até com horários ilegais".Depois destes concursos decorrerão, até ao final de Outubro, as contratações cíclicas, em que tradicionalmente são integrados dois a três mil candidatos, seguindo-se as contratações directas pelas escolas.
DN

Ministério passou 'vales cirurgia' sem cobertura

Saúde. Na última semana, o Ministério da Saúde emitiu 'vales cirurgia' com possibilidade de serem utilizados em hospitais que não realizam a operação determinada no próprio vale, a colocação de banda gástrica. O DN falou com uma doente que passou por esta situação e está indignada com o erroUtentes afectados vão voltar às listas de esperaCatarina Alves está em lista de espera para colocar uma banda gástrica desde Fevereiro de 2007. Depois de três anos de consultas no Serviço de Endocrinologia no Hospital de São Marcos, em Braga, os médicos consideraram que a empregada de escritório de 28 anos cumpria os requisitos para realizar a cirurgia. Com 120 quilos quando começou a ser seguida - agora já está nos 107 -, Catarina explica que o peso excessivo agrava os seus problemas respiratórios e piora as dores na coluna, além de todas as limitações que impõe à sua vida diária. Assim, foi com desânimo que recebeu a notícia, há cerca de dois meses, que a última pessoa a ser operada no hospital se encontrava na lista desde Janeiro de 2006, conta. Esta semana recebeu finalmente boas notícias: uma carta do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), com um "vale cirurgia" para efectuar a colocação da banda gástrica num de quatro hospitais privados à sua escolha. Seguindo as instruções da carta, Catarina entrou em contacto com o hospital seleccionado, onde lhe disseram que seria necessário deslocar-se à instituição, no Porto, para dar andamento ao processo. Entusiasmada com a possibilidade de resolver o problema, não perdeu tempo. Mas no hospital esperava-a uma enorme desilusão. Dizem-lhe que não realizam este tipo de cirurgia, "porque ainda não foi assinada a convenção entre o Ministério da Saúde e os particulares", conta. Uma situação que se repete nos outros três hospitais referidos na carta do SIGIC. Indignada, recorreu à Unidade Regional de Gestão de Inscritos para Cirurgias, onde foi informada de que os vales não são válidos devido a um erro informático. O Ministério da Saúde reconhece o erro e admite que desde 22 deste mês "foram emitidos vales com a possibilidade de serem utilizados em hospitais que não tinham capacidade para realizar o procedimento cirúrgico determinado no próprio vale". Segundo o ministério, as emissões destes vales têm sempre em conta os procedimentos oferecidos pelos hospitais convencionados (privados e sociais). Assim, em Julho, os hospitais foram notificados de que deveriam rever o seu conjunto de procedimentos, "de forma a garantir que não disponibilizavam intervenções que não tinham possibilidade de efectuar". No entanto, "algumas instituições não o efectuaram atempadamente". Assim, alguns utentes receberam vales para procedimentos para os quais não existe actualmente resposta no sector convencionado. O ministério explica que os utentes afectados vão voltar ao hospital de origem sem perder a antiguidade na lista de espera e que já foram tomadas medidas para impedir novos erros deste género. No entanto, para Catarina, esta foi uma situação "vergonhosa" porque criou "falsas esperanças". Por isso, vai escrever à ministra da Saúde a relatar o seu caso.
DN

30 cirurgias adiadas por causa de insecto

Um insecto rastejante (coleóptero) obrigou ao fecho na terça-feira das oito salas do bloco operatório do Hospital dos Lusíadas, no Alto dos Moinhos, em Lisboa. A entrada em funcionamento do bloco está prevista para amanhã. Como consequência, trinta cirurgias, não urgentes, na maioria ortopédicas, tiveram de ser adiadas e já foram re-agendadas.
José Miguel Boquinhas, administrador da unidade, garantiu ao CM não se tratar de um escaravelho. 'O coleóptero, que foi detectado na inspecção de rotina, é um insecto não voador e não é nenhum escaravelho. É muito pequenino, quase invisível, e normalmente vem ligado a obras, costuma aparecer durante o primeiro ano de construção dos edifícios e desenvolver-se no ar condicionado, em ambientes com humidade.'
Este não é motivo único para o fecho temporário de blocos operatórios ou serviços. Porém, é difícil às autoridades de Saúde fornecer estatísticas. Graça Freitas, subdirectora-geral da Saúde, admitiu a falta de informação das unidades de Saúde. 'Os hospitais não comunicam quando há um problema do género. É uma questão de gestão interna e têm de a resolver rapidamente.'
O administrador do Hospital dos Lusíadas assegura que o insecto, destruído facilmente a temperaturas superiores a 35 graus, não constitui qualquer risco para os doentes. 'Em Portugal, não há insectos vectores de doenças e este coleóptero não transmite doenças. A comissão de infecção hospitalar garantiu-me que não há qualquer risco para os doentes, é completamente inofensivo.'
Por esclarecer ficam as circunstâncias em que o insecto foi detectado, na sala adjacente ao bloco operatório, numa inspecção periódica. Por uma questão de precaução, o bloco operatório foi encerrado e desinfectado. Fonte do gabinete de comunicação do Hospital disse ao CM que o insecto 'está a ser analisado por um biólogo'.
APONTAMENTOS
INAUGURADO EM MAIO
O hospital custou 85 milhões e abriu a 19 de Maio. Pertence aos Hospitais Privados de Portugal, da Caixa Geral de Depósitos.
160 CAMAS
A unidade tem 160 camas, capacidade para 20 mil cirurgias e 400 mil consultas por ano.
CM

Máfia pode ter investido na Madeira

O conhecido juiz espanhol Baltazar Garçon pediu à Procuradoria-Geral da República informação sobre eventuais negócios desenvolvidos pela máfia russa Tambovskaya – um grupo desmantelado no passado mês de Junho em Espanha, numa operação que levou à detenção de vinte alegados membros e à prisão preventiva de 13 – na Região Autónoma da Madeira.
A notícia foi ontem divulgada pelo semanário ‘Sol’, que dava ainda conta da possibilidade deste grupo ter usado aquele paraíso fiscal para branquear capitais. Uma situação que não seria inédita, já que, por exemplo, no âmbito da Operação Furacão foram detectadas diversas transacções onde a Madeira foi usada como plataforma giratória de dinheiro.
O CM sabe que o pedido de colaboração das autoridades espanholas será recente, não estando ainda determinados os tipos de investimentos que poderão ter sido feitos naquela região. O que for apurado será comunicado ao Governo do país vizinho.
Em reacção à notícia, o presidente do Governo Regional acusou imediatamente o Governo central de ter montado uma cabala. "Essas histórias dão a impressão de querer fazer a Madeira distrair-se do seu adversário principal, que não são as pessoas que operam o Centro Internacional de Negócios (CIN), mas o poder político de Lisboa contra o qual temos de lutar, dure o tempo que durar", afirmou o líder regional, acrescentando que o CIN da Madeira tem prestígio internacional. "A imprensa portuguesa não tem credibilidade para o pôr em causa", concluiu o governante.
PORMENORES
COMBATE AO TERRORISMO
O juiz Baltazar Garçon é um dos ícones europeus no combate ao terrorismo.O magistrado tem liderado diversas operações, tendo-se notabilizado na perseguição aos membros da ETA. O magistrado, que foi um dos rostosno combate ao narcotráficona Galiza, pediu a extradição de Pinochet para Espanha, quando o ditador chilenose encontrava exilado emInglaterra.
OPERAÇÕES
A operação de combate à máfia russa realizada em Junho deste ano decorreu em diversas províncias espanholas. Houve acções simultâneas em várias regiões do país, como a ilha mediterrânea de Mallorca e as cidades de Madrid, Málaga ou Barcelona. Na liderança estava o juiz Baltazar Garçon e também a promotoria anticorrupção espanhola. Envolveu mais de 400 agentes e contou com a colaboração de serviços de inteligência estrangeiros.
CM

Procurador dá ordem de prisão

O episódio ocorrido há uma semana, na Mealhada, em que um magistrado do Ministério Público não pediu a prisão preventiva nem ouviu dois suspeitos detidos em flagrante delito foi a gota-de-água. A partir daí o procurador-geral decidiu que tinha de tomar medidas. Tinha de arrumar a casa em matéria de organização do combate ao crime violento e deixar claro que as actuais leis penais em vigor são uma parte do problema.
As equipas especiais de combate ao crime violento passam pela colocação de magistrados em secções por onde passam os processos de crime violento, pela realização de acções de formação, por uma maior partilha de informação e por estratégias comuns e complementares que evitem o clima de rivalidade em que, por vezes, as polícias trabalham.
Nos DIAP de Coimbra, de Lisboa e doPorto, já há magistrados com sensibilidade para este tipo de processos, que, em regra, acompanham muito de perto a investigação, são rápidos na promoção de mandados de busca e detenção e não falham uma prisão preventiva nos termos em que isso ocorreu no caso da Mealhada.
Pinto Monteiro fez questão de incluir uma circular para todos os magistrados do Ministério Público a ordenar que peçam a prisão preventiva sempre que os factos o indiciem, mas não abdicou de deixar um recado ao Governo: "Espera-se que o legislador proceda aos ajustamentos legais que se mostram necessários para combater a criminalidade violenta, tendo em consideração que o hipergarantismo concedido aos arguidos colide com o direito das vítimas, com o prestígio das instituições e dificulta e impede muitas vezes o combate eficaz à criminalidade complexa."
CRIME VIOLENTO SOBE 10 %
A criminalidade violenta aumentou mais de dez por cento nos primeiros seis meses deste ano relativamente ao mesmo período de 2007 (ficando a valores de 2004 e 2006), anunciou ontem o responsável pelo Gabinete Coordenador de Segurança, o tenente-general Leonel de Carvalho. Salientou que a criminalidade violenta representa apenas" seis a seis e meio por cento do total da criminalidade". O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, assumiu que aquele aumento se refere a "situações que não devem ser minimizadas", mas assegurou que o Governo está a adoptar as medidas necessárias".
CM

Portugal GNR julgado por matar fugitivo

O Tribunal de S. João Novo, no Porto, já recebeu para julgamento o processo em que Pedro Carvalho, militar da GNR de Matosinhos, é acusado de um crime de homicídio com dolo eventual. O polícia disparou durante uma perseguição, tendo matado, com um tiro na cabeça, Vítor Cruz, passageiro de uma viatura em fuga.
Também vai ser julgado o condutor do mesmo veículo por crimes de condução perigosa e de resistência e coacção sobre funcionário.
O caso remonta a 3 de Outubro de 2006 e a perseguição terminou na avenida Antunes Guimarães, no Porto. O Ministério Público alega que o polícia violou os princípios elementares de prudência, "pois toda a gente tem conhecimento, por força das regras gerais, que é perigoso apontar uma arma de fogo a alguém".
O militar da GNR ainda tentou que o caso não fosse a julgamento, requerendo a abertura de instrução. Foi pronunciado no passado mês de Julho, praticamente nos exactos termos da acusação pública.
INTENÇÃO DE MATAR
O Ministério Público entendeu, neste caso, que o militar da GNR aceitou os riscos de matar alguém durante a operação. "Ao disparar seis vezes em direcção ao carro dos jovens o arguido sabia que podia tirar a vida e ofender corporalmente os mesmos ou algum dos ocupantes.", pode ler-se na acusação pública.
Diz ainda o MP que este caso não se enquadra numa situação de legítima defesa. "O militar não foi confrontado com nenhuma arma de fogo, que tivesse sido empunhada por Bruno Coutinho ou acompanhantes, nem estava a ser ofendido corporalmente nem ameaçado na sua integridade física", refere o procurador.
A perseguição tinha começado na Maia, depois de uma patrulha ter identificado quatro jovens que não usavam cinto de segurança. Os infractores pararam, mas depois de abordados pelos militares encetaram a fuga. Durante mais de trinta quilómetros, a perseguição decorreu a alta velocidade, sem respeito por sinais ou sentidos de trânsito. Já no Porto, o soldado Pedro Carvalho, de 29 anos, fez os disparos.
CM

Liga: Pontos mal perdidos

Benfica continua sem vencer e já perdeu quatro pontos

O FC Porto perdeu ontem dois pontos na Luz ao não conseguir manter a vantagem de um golo de grande penalidade, frente a um Benfica descoordenado e sem forças, forçado a actuar mais de meia hora com menos um elemento, numa partida intensa mas de qualidade muito baixa. O empate alcançado por Cardozo, graças a uma oferta de Helton, deixa o Benfica com apenas dois pontos, repetindo o mau arranque da época transacta.


Neste século, à excepção da derrota frente à equipa de Koeman, sempre o FC Porto tem dominado na Luz e ontem cumpriu a tradição, perante um adversário frágil, desorganizado e sem cabeça. A primeira leitura das equipas apresentadas poderia ser um Benfica muito ofensivo frente a um Porto cauteloso, mas a dinâmica do jogo deu outra fotografia: um Benfica com unidades de ataque isoladas e sem coordenação, um FC Porto de processos simples, apostado numa ligação de olhos fechados entre Lucho (que jogador!) e Lisandro.

Mais uma vez a defesa remendada do Benfica deu um brinde: Katsouranis apanhado desprevenido por uma desmarcação fulgurante de González, não teve outra solução que não fosse cometer falta dentro da área. A grande penalidade transformada pelo argentino quase matou o jogo, tal a diferença de qualidade entre as duas equipas.

O Benfica teve apenas uma situação flagrante para empatar, (18’), quando Lisandro substituiu o guarda-redes e anulou sobre a linha de golo um desvio intencional de Aimar. Pelo contrário, o FC Porto, dominando o espaço e as acções a meio-campo foi mantendo a pressão contínua e veio a dispor, aos 40’, da melhor ocasião, em mais um entendimento entre Lucho e Licha, com o ponta-de-lança a rematar cruzado ao poste.

A equipa de Flores tentou compensar a falta de classe e de inteligência com uma grande entrega ao jogo, que viria a ter elevados custos físicos, mostrando a má preparação que terá sido ministrada na pré--temporada, com lesões musculares e cãibras a afectarem praticamente todos os elementos. Dessa generosidade, resultou o golo do empate, por Cardozo, que minorou os estragos em matéria pontual. Da má preparação física derivou a expulsão de Katsouranis, que cerceou a possibilidade de uma reviravolta total.
CM

samedi 30 août 2008

Dona de casa assaltada pensou que ladrões estavam a fazer mudança

Porto. Indivíduos furtaram chaves da casa dentro de carro Encapuzados tentaram roubar cofre mas largaram-no na rua Quatro homens encapuzados roubaram ontem de manhã um cofre de uma casa em S. João Bosco, no Porto, mas acabaram por fugir deixando para trás o objecto com cerca de 400 quilos, quando se aperceberam de que estavam a ser observados. Os indivíduos entraram no apartamento com as chaves encontradas no interior de um de dois veículos que assaltaram, cerca de meia hora antes, na zona da Senhora da Hora, em Matosinhos. Daí furtaram também documentos, cheques e correspondência e, no meio desta, encontraram a morada para onde se apressaram a ir a bordo de uma Volkswagen Passat de cor escura, também roubada.Ontem à tarde eram visíveis na escadaria do prédio as marcas deixadas pelo embate do cofre, transportado a pé desde o segundo andar. Já no exterior (um deles estava ao volante da viatura para que pudessem rapidamente fugir), tentaram colocar o cofre na mala do carro por duas vezes, mas como era demasiado grande e impossibilitava o fecho da porta, acabou por cair. Na derradeira tentativa, aperceberam-se de que estavam a ser observados por um vigilante que fazia uma chamada de telemóvel e fugiram. "Vi os indivíduos com a mala aberta e quando iam a arrancar o cofre caiu, ainda saíram e tentaram pegar nele, mas como me viram ao telefone - eu já estava a ligar para o 112 -, meteram-se dentro do carro e fugiram", contou a testemunha ao DN.O apartamento é habitado pela filha do dono da viatura onde os assaltantes encontraram as chaves e que está de férias. Lucília Simões, a mãe e co-proprietária da residência, nem queria acreditar. Dona de um estabelecimento mesmo em frente, o seu primeiro impulso foi pensar que se tratavam de umas mudanças normais, "tal a naturalidade com que o faziam", mas logo percebeu o que estava a acontecer e que o alvo era a sua casa. "Fiquei tão nervosa que nem estava a conseguir ligar para o 112 e as pessoas em vez de ajudarem vieram para a porta olhar", contou ainda Lucília Simões.Apesar de não terem levado o cofre, roubaram um computador portátil, um faqueiro e outras peças em prata, informou a proprietária. "A PJ tirou impressões digitais ao cofre e no apartamento, vou fazer um inventário para ver se o seguro paga alguma coisa", concluiu Lucília Simões.
DN

Crime violento aumenta 15% face a 2007

Na quinta-feira, o aumento da criminalidade violenta no primeiro semestre de 2008 face a 2007 rondava os 10%. Ontem, feitas melhor as contas, o Gabinete Coordenador de Segurança (GCS) rectificou e assumiu que, face ao período homólogo, este tipo de crimes aumentou 15% nos primeiros seis meses de 2008. Este anúncio, em jeito de rectificação, foi feito após a sessão plenária do Gabinete Coordenador de Segurança com o Ministro Rui Pereira. De acordo com aquele organismo, apesar deste aumento, os números são inferiores a 2004 e a 2006. Por outro lado, a criminalidade participada cresceu 7% em relação a 2007, sendo o número global de crimes participados essencialmente idêntico ao dos anos de 2003 e 2004.No documento, o GCS reconhece, contudo, que a tendência de crescimento em relação ao ano transacto implica um esforço acrescido de prevenção e de repressão do crime. Nessa mesma reunião plenária, o Gabinete apreciou ainda a execução da Estratégia de Segurança para 2008, considerando que esta constitui uma resposta adequada à criminalidade e, sobretudo, à criminalidade violenta e grave."O reforço do dispositivo em meios humanos e materiais, que está em execução, o melhoramento da formação e do treino com armas de fogo, o reforço da presença policial em zonas de risco, a intensificação de acções preventivas de detecção e apreensão de armas ilegais e a estreita articulação com a investigação criminal constituem as respostas adequadas a garantir a segurança dos cidadãos", refere.O GCS entende ainda como positivo o modelo de operações policiais envolvendo todas as forças de segurança, defendendo a sua continuação. O Gabinete Coordenador de Segurança é o órgão especializado de assessoria e consulta para a coordenação técnica e operacional da actividade das forças e serviços de segurança. Este Gabinete é o órgão de assessoria e consulta técnica para a coordenação operacional das várias forças de segurança.
DN

Famalicão: Carro usado era roubado e foi incendiado

Caçadeiras em roubo a ourives:
Os assaltantes, armados com caçadeiras e encapuzados, partiram a tiro as duas portas de segurança da Ourivesaria Nogueira, em Ruivães, Famalicão. Com os estilhaços provocados pelos disparos, o dono ficou ferido (sem gravidade) no rosto e nos braços. Os quatro ladrões fugiram num Honda Civic preto, dado como furtado, que depois abandonaram e incendiaram.
O assalto ocorreu ontem pelas 11h30. Segundo testemunhas, três homens armados saíram do carro que estacionaram frente à ourivesaria e dispararam vários tiros contra as portas de vidro. Um quarto indivíduo ficou ao volante do Honda Civic. Os proprietários, José Dias e Carolina Nogueira, estavam lá dentro mas não havia clientes na loja. Familiares do casal contaram ao CM que "ela baixou-se atrás do balcão e accionou o alarme sonoro. Ele ainda reagiu, atirando objectos contra os ladrões. Só parou quando lhe foi apontada uma caçadeira". Momentos registados pelas câmaras de vigilância existentes no interior da ourivesaria e que estão agora na posse da Polícia Judiciária do Porto, que investiga o crime.
O Honda Civic preto, que transportou os assaltantes, já tinha sido visto a rondar a zona várias vezes e até levantou suspeitas entre os comerciantes e moradores da zona, que chegaram a alertar a GNR. Ontem as suspeitas confirmaram-se.
Segundo o CM apurou, o mesmo carro já estava referenciado pelo funcionário das bombas de gasolina da Galp, que ficam a cerca de 50 metros da Ourivesaria Nogueira. Na segunda-feira, os ocupantes do Honda abasteceram o veículo e depois fugiram sem pagar.
Ontem, a patrulha da GNR esteve também no posto da Galp de Ruivães, cerca de cinco minutos antes do assalto. Dado o alerta, voltou ao local mas os assaltantes já tinham concretizado o roubo e fugido. O carro usado no assalto foi abandonado e incendiado, nos arredores de Santo Tirso.
CM

Benfica “Vamos dar uma grande resposta"

David Suazo é um dos 20 convocados para o clássico desta noite. O técnico Quique Flores justifica a inclusão do reforço, que só chegou na madrugada de ontem, com a necessidade de conhecer melhor os companheiros e "entrar rapidamente na dinâmica do grupo".
Definindo o avançado cedido pelo Inter de Milão como um jogador com "boa capacidade de remate e capaz de criar espaços", o treinador do Benfica assumiu que durante toda a pré-época percebeu a importância de trazer um jogador de qualidade para aquela posição. "Suazo cumpre esses requisitos, tem qualidade e vem de um grande clube."
Quique Flores deixou ainda no ar a possibilidade de Suazo poder defrontar o FCPorto, algo que não poderá ser concretizado. O jogador teria de ser inscrito na Liga até quarta-feira e feito até ao meio-dia de ontem o certificado internacional. O que não sucedeu.
Mesmo sem Suazo, o técnico acredita na vitória sobre os tri-campeões. "Tenho muita confiança nos meus jogadores. FCPorto e Sporting partiram à frente na preparação, mas a nossa equipa está a crescer e estamos em condições de defrontar grandes adversários", assegurou, apesar de reconhecer que não há favorito neste jogo: "O FC Porto ganhou muitas Ligas nos últimos quinze anos, mas prefiro pensar que o Benfica pode ganhar. Até porque é uma possibilidade muito real."
O técnico espanhol apoiou também Di María, que "não precisa da ajuda do treinador para entrar com confiança", mas não esclareceu se o argentino e Reyes vão entrar de início. "Logo se vê", afirmou.
Houve ainda elogios para David Luiz, antes de deter-se no sorteio da Taça UEFA: "Podia ser uma final. Evidentemente, o Nápoles não é a equipa que queríamos, mas assim, torna-se até mais fácil motivar os jogadores."
"QUERO SER PROTAGONISTA"
David Suazo foi apresentado como reforço do Benfica. Bem--disposto, o avançado hondurenho chegou com vontade de triunfar. "Estou muito feliz. Rui Costa apresentou um projecto muito bonito, que me convenceu. A minha ilusão é voltar a ser protagonista", afirmou o jogador emprestado pelo Inter de Milão.
Sem traçar uma meta em termos do número de golos a marcar, Suazo apenas prometeu "dar o máximo" com a camisola 30, número que pertenceu ao italiano Miccoli.
Além dos elogios a Nuno Gomes, Reyes e Cardozo e dos conselhos pedidos aos portugueses do Inter (Mourinho, Figo e Pelé), Suazo – sócio nº 186 327 das águias – reforçou o desejo de se sagrar "campeão num clube tão grande como o Inter".
EMPRESÁRIO NEGA PROPOSTAS POR NUNO GOMES
Marco Piccioli – empresário italiano que colabora com Nuno Gomes – nega que tivesse afirmado a um órgão de comunicação português ter em carteira propostas por Nuno Gomes . "Não falei com ninguém", afirmou ao CM.
Também o director desportivo, Rui Costa, disse desconhecer propostas pelo avançado. "Não tenho propostas por Nuno Gomes, nem posso confirmar que ele ou o seu empresário tenham proferido declarações nesse sentido", afirmou, ontem, à margem da apresentação de David Suazo.
APONTAMENTOS
ENCHENTE GARANTIDA
Os encarnados prevêem ter nas bancadas da Luz cerca de 60 mil espectadores, para assistir ao jogo desta noite com o FC Porto.
DAVID LUIZ POUPADO
Elogiado ontem pelo treinador, que vê nele um dos melhores centrais da equipa, David Luiz continua a ser poupado, apesar de estar dado como apto pelos médicos.
BÉTIS QUERIA SUAZO
Ruiz de Lopera esperava apresentar Suazo como jogador do Bétis, mas foi surpreendido pela antecipação de Rui Costa.
MAKUKULA ANSIOSO
Makukula continua à espera de ver confirmada a saída para Inglaterra, antes do fecho do mercado na segunda-feira.
EDCARLOS: SAÍDA CONFIRMADA
A SAD do Benfica confirmou, ontem, o empréstimo de Edcarlos ao Fluminense por ano e meio. Os brasileiros ficam com uma opção de compra de três milhões de euros.
SEGURANÇA COM 590 AGENTES
O clássico de hoje é considerado "de risco elevado" pela Polícia de Segurança Pública (PSP), que destacou para o policiamento 590 agentes. "Dada a rivalidade histórica entre as duas equipas e a lotação, que se prevê completa [65 mil espectadores], o jogo é considerado pela legislação portuguesa como de risco elevado", afirmou a comissária Paula Monteiro.
Para a operação foram destacados elementos da Unidade Especial de Polícia (UEP), "que reforçam o comando da PSP de Lisboa, da Investigação Criminal, da Ordem Pública, de Trânsito, de Policiamento de Visibilidade, de Inactivação de Engenhos Explosivos e Segurança em Subsolo e dos designados ‘spotters’, que fazem o acompanhamento dos adeptos organizados e fazem a intervenção".
A PSP irá acompanhar, "numa caixa de segurança", os adeptos do FC Porto – são esperados 1800 dos Super Dragões e 300 do Colectivo 85 – com a UEP, membros do Corpo de Intervenção, Equipas Cinotécnicas e de Intervenção Rápida. Também os dois mil No Name Boys e 600 Diabos Vermelhos terão direito a atenção especial por parte das autoridades.
O OLHAR DOS ADEPTOS: MERCADO AGITA O CLÁSSICO?
JOÃO BOTELHO, BENFICA
Sim, claro. Agita, porque o torna mais atractivo. Os jogadores que poderão, eventualmente, sentir o lugar em perigo vão dar tudo para provar que merecem estar onde estão. O Suazo vem contribuir para isso na equipa do Benfica. Tenho pena é que não possa jogar hoje. Para mim, entrava directamente no onze titular. Quanto ao FC Porto, a ausência de Quaresma já era previsível. Portanto, mexe mais para o lado encarnado.
HERNÂNI GONÇALVES, FC PORTO
Não me parece. As novidades podem agitar, sim, os jogos posteriores. No caso do Benfica, a contratação de Suazo vem acrescentar qualidade e enriquecer o plantel, mas não ainda para este clássico. No FC Porto passa-se o mesmo, embora seja uma saída já há muito anunciada. A ida de Quaresma para o Inter não é propriamente uma surpresa. Os dados estão lançados. É com os jogadores que estão que se vão viver as emoções de um grande jogo.
CM

Espanhóis compram casa em Portugal

Os preços mais baixos levaram cerca de 200 famílias espanholas a comprar uma moradia ou apartamento na cidade de Elvas desde o início da década. Mas foi, sobretudo, nos últimos dois anos que a situação se acentuou. É que durante este período, segundo as imobiliárias da cidade alentejana, o mercado imobiliário espanhol inflacionou quase 100 por cento. Um apartamento com 90 metros quadrados, com mais de uma década de uso, chega a custar 200 mil euros em Badajoz. Uma casa a estrear com um área maior, na ordem dos 120 metros quadrados, custa menos 50 mil euros em Elvas.
As Vilas Aqueduto são um pequeno exemplo daquilo que se passa na cidade alentejana. João Pinheiro, agente imobiliário diz ter vendido, só neste empreendimento, cerca de 70 apartamentos a espanhóis.
A proximidade com os locais de trabalho, os preços mais baixos e uma melhor qualidade na construção das casas são alguns dos motivos que levam ‘nuestros hermanos’, na maioria casais jovens, a mudarem-se para Elvas.
"Os preços das habitações são mais em conta e a qualidade da construção é mais elevada. Foram dois motivos que pesaram na decisão da família", diz Vanessa Dominguez, de 26 anos, ao CM.
Casada e com um filho bebé, mudou-se para a urbanização da Carvalha, na cidade fronteiriça, há pouco mais de um mês. À semelhança do marido, continua a manter o seu trabalho em Badajoz, mas diz já ter saudades da família.
"O que vale é que estamos a escassos minutos de Badajoz. O preço e a curta distância entre as cidades foram factores determinantes na nossa mudança para Portugal", acrescenta.
O bairro onde agora habita é dos mais povoados pelas famílias espanholas. Só no prédio de Vanessa, constituído por seis apartamentos T3, moram mais três famílias espanholas. Tem apenas um vizinho português. Uma das habitações continua à venda.
Mas nem todos os espanhóis compram casas na raia alentejana para morar.
"A maioria vem para residir, mas também há espanhóis que compram como forma de investimento para depois alugar, refere José Teixeira, que se mudou há dois anos para Elvas depois de ter estado grande parte da sua vida emigrado na Suíça.
A morar actualmente na urbanização Vilas Aqueduto, afirma que o mercado imobiliário continuará activo nos próximos anos. "Vão continuar a comprar casas, porque em Espanha o preço está muito inflacionado", acrescenta.
DO MINHO AO ALGARVE
A procura de apartamentos, moradias e terrenos por espanhóis não está só centrada na raia alentejana. Do Minho ao Algarve, o negócio da compra e venda de casas tem vindo a crescer no último ano.
"Não é nenhuma galinha dos ovos de ouro, mas ajuda a mexer um pouco com o mercado", explica um agente imobiliário do Algarve, que prefere o anonimato.
Na região de Valença, no Norte do País, por exemplo, houve quem investisse as poupanças de uma vida para ter a casa de sonho. "Vivemos muitos anos num apartamento arrendado, porque não tínhamos possibilidade de comprar casa, até que num habitual passeio de domingo por esta zona de Portugal encontrámos um terreno a um preço acessível", conta António Gomes, um espanhol de 58 anos que ainda reside na cidade de Porriño, onde é empregado de balcão.
O terreno, situado na freguesia de Cerdal, custou cerca de 30 mil euros.
"Para nós foi um verdadeiro achado, tendo em conta o dinheiro que pedem no nosso país", disse a mulher de António, Maria Gomes, de 60 anos.
COMPARATIVO DOS PREÇOS
Do lado de cá da fronteira, um T3 – o tipo de apartamento mais procurado por famílias portuguesas e espanholas – custa, em média, menos 50 mil euros, tem mais 30% de área, melhores acabamentos e lugar de garagem
Exemplo de um T3
Elvas
Área: 120 m2
Preço: 130 a 150 mil euros
Badajoz
Área: 90m2
Preço: 180 a 200 mil euros
"POUPA-SE MUITO DINHEIRO"
Marta Garcia, natural de Badajoz, faz parte das 200 famílias que compraram casa em Elvas. "Os preços dos apartamentos subiram bastante nos últimos anos em Espanha, nem nas zonas periféricas os preços se assemelham aos de cá", salienta. Esta mulher, que trabalha em Badajoz, diz que a opção de morar em Portugal foi bastante difícil, mas compensadora. "Poupa-se muito dinheiro em Portugal."
CONSTRUTORES TÊM MAIS TRABALHO
A procura de casas pelos espanhóis tem dado trabalho a muitos portugueses nas diversas áreas da construção civil. Hugo Rosa, sócio da empresa elvense Águas D’Aboim, ligada à instalação de painéis solares e canalizações, não tem tido mãos a medir nos últimos meses. "Graças a Deus, não tem faltado trabalho. Se não fossem os espanhóis, a minha vida estava mais difícil", refere este canalizador, de 30 anos. Adianta que Vilas Aqueduto continuam em expansão, com a construção de outro bloco de apartamentos. "Mais espanhóis virão, certamente."
"É UM PAÍS MAIS SEGURO"
"Portugal é um País mais seguro." Este é apenas um dos argumentos de Marta Martinez, 37 anos, para justificar porque faz diariamente 20 a 30 quilómetros para ir trabalhar. Natural de Málaga, esta espanhola que comprou casa em Castro Marim – a poucos quilómetros da fronteira – ia mudar-se para Ayamonte em Dezembro. "Andei a ver em Espanha e era tudo muito caro. Mesmo um apartamento pequeno", conta, com a filha, de ano e quatro meses ao colo. Optou, então, por procurar em Portugal. "Com o dinheiro que pagámos, só conseguíamos um pequeno apartamento. Aqui, até a construção nos parece melhor."
IMOBILIÁRIAS QUEIXAM-SE DE ILEGALIDADES
Luís Rodrigues, vendedor da agência imobiliária Elvense, vê com bons olhos a compra de casas por famílias espanholas. Não gosta, porém, do tipo de negócio que as agências imobiliárias espanholas fazem em Elvas. "Existe um grande problema que ninguém parece querer ver. Enquanto imobiliários, somos obrigados a fazer formação e ter um alvará para as empresas poderem funcionar. Eles não têm nada disso. Nem sequer têm número de contribuinte e não fazem descontos em Portugal. É tudo ilegal", denuncia.
"FAZEM MUITO BOA VIZINHANÇA"
Carlos Garrido vive com a família há cerca de um ano na urbanização da Carvalha, em Elvas. No prédio onde mora, constituído por seis apartamentos T3, vivem três famílias espanholas. "Não temos qualquer queixa porque fazem muito boa vizinhança", disse. Também Manuel Sousa, que mora em outro bloco de apartamentos da mesma urbanização há três anos e tem por vizinhos duas famílias espanholas, está satisfeito. "Cumprimentam na rua e estão quase sempre bem-dispostos", acrescenta.
"COMPRAM COMO RESERVA" (Nuno Mocinha, vice-pres. da Câmara de Elvas, com o pelouro do Urbanismo)
Correio da Manhã – Quantas famílias espanholas existem em Elvas?
Nuno Mocinha – Não sabemos ao certo, mas deve chegar às duas centenas, ou seja, cerca de 500 novos residentes a juntar aos 18 mil da cidade. Temos sentido um crescimento populacional assinalável no último ano. Surgiram novas urbanizações e, em algumas, o índice de ocupação de famílias espanholas chega aos 60 por cento.
– A que se deve este aumento?
– São várias as razões. A qualidade e o nosso estilo de construção, a aplicação de melhores materiais e a maior área de habitabilidade são factores que pesam na decisão. Mas é o preço, a proximidade com Badajoz e as excelentes vias de acesso, através de auto-estrada gratuita, que levam os espanhóis a preferir Elvas. Muitos consideram que é mais rápido chegar à nossa cidade do que atravessar Badajoz para ir trabalhar.
– É positivo para a construção?
– O mercado imobiliário parou em Espanha. Aqui existe um conjunto de novas urbanizações que tem tido muita procura. Tem dado trabalho a muita gente.
– Há bons investimentos?
– Há quem tenha comprado duas ou três casas como reserva de valor.
– Elvas tem condições para receber todas estas famílias?
– Elvas tem actualmente um conjunto de infra-estruturas agradáveis e que proporcionam uma melhor qualidade de vida. Jardins, parque desportivo, piscina e coliseu são apenas algumas das atracções da cidade. Além disso, temos a restauração, que ao longo dos últimos anos tem sido bastante apreciada pelos espanhóis.
EXIGIDO RESPONSÁVEL FISCAL
O processo de compra de casa em Portugal é semelhante tanto para portugueses como para espanhóis, mesmo nos passos burocráticos e económicos. Os compradores do outro lado da fronteira precisam apenas de ter um Número de Identificação Fiscal português. Quando chegam ao balcão de um banco, os empréstimos acabam mesmo por ser facilitados, tendo em conta os seus rendimentos mais elevados. "Tratamo--los de maneira igual, mas ultimamente as Finanças têm pedido que apresentem um responsável fiscal. Vêm para investir no nosso país e ainda lhe metem entraves", refere Luís Rodrigues, imobiliário, que embora resida em Elvas tem outra casa em Badajoz. "Quando comprei casa em Espanha não me pediram nada disso. Com certeza que acabam por ficar com um pé atrás, embora continuem a comprar", afirma.
LAZER
Os espaços de lazer aliados a estes empreendimentos são factores importantes na compra das casas. Espaços verdes, parques infantis e espaços comerciais são uma constante.
TRABALHO
Os novos residentes das zonas raianas de Portugal pretendem continuar a trabalhar em Espanha devido às melhores condições salariais oferecidas pela sua economia de origem.
SAÚDE
É outro dos sectores de que os espanhóis não abdicam. Dizem que conseguem melhores condições de atendimento e rapidez na marcação de consultas de várias especialidades.
NOTAS
DORMITÓRIOS
Os espanhóis que compraram casa em Elvas utilizam-na como dormitório, uma vez que todos trabalham em Espanha.
COMPRA
As dificuldades em comprar casa são iguais em Portugal e Espanha. Os bancos estão mais exigentes nas avaliações e na atribuição de empréstimos.
VENDAS CAEM
O volume de venda de casas novas em Espanha caiu 16,1% no último ano, enquanto que o de vendas de casas em segunda mão desceu 38,9%.
MOTIVOS: MAIS SEGURANÇA
Para além dos motivos económicos, a questão da segurança também pesa na decisão dos espanhóis, que mudam a sua área de residência para Portugal.
SAÚDE: INTERCÂMBIO
É no sector da Saúde que é mais visível a presença de espanhóis em Portugal. Ao invés, há estudantes nacionais a ir para Espanha por ser mais fácil entrar para o curso de Medicina.
INFANTÁRIOS: IDIOMA
Face ao acréscimo de residentes espanhóis, a Câmara de Elvas quer que nos infantários possa haver educadores a falar castelhano para receber em melhores condições as suas crianças.
MUDANÇA: FAMÍLIA CORREA
A família Correa faz a mudança para a casa nova de Elvas aos fins-de-semana. Serão dos próximos a habitar numa vivenda duplex na urbanização da Carvalha.
COMPRAS: MERCEARIA
Na generalidade, as famílias espanholas continuam a abastecer-se em Espanha. Apenas os produtos essenciais do dia, como o pão, são adquiridos em Portugal.
GALEGOS: VIDA NO MINHO
O casal Gomes, de Porriño, na Galiza, acredita que a vida familiar vai mudar significativamente quando passar a morar em Valença do Minho.
COMBUSTÍVEIS: DIFERENÇA
Na Galp em Elvas, o gasóleo custa 1,32 euros/litro e a gasolina 1,46. Em Badajoz, na mesma gasolineira, os valores chegam a ser mais baratos até 25 cêntimos por litro, sobretudo na gasolina.
LÍNGUA: ESCOLAS
O ensino do idioma espanhol já ultrapassou a língua francesa enquanto segunda língua estrangeira mais leccionada nas escolas e universidades em Portugal.
SAIBA MAIS
IMPOSTOS
A taxa mais alta de IVA em Espanha fica-se pelos 16%. Em Portugal, esse valor é de 20%.
10,7% São os números mais recentes do desemprego em Espanha, colocando o país vizinho no topo desta tabela entreos Estados-membros da UE.
600 Euros é o valor do salário mínimo em Espanha. Em Portugal, esse valor fica-se pelos 426 euros.
CM

Custo da casa quase duplica

A prestação do crédito à habitação de 150 mil euros, a amortizar em 30 anos, sobe para 972 euros no próximo mês. Em Dezembro de 2005, o pagamento do referido empréstimo era de 497 euros. Ou seja: a prestação mensal aumentou 475 euros, quase o dobro, em menos de três anos.
Em Janeiro último, quem contratou o empréstimo habitacional de 150 mil euros, a 30 anos, pagava de prestação 895 euros; no próximo mês, serão 972 euros (aumento de 77 euros).
As mencionadas simulações incluem encargos bancários de meio por cento. Encargos esses que podem crescer um por cento, ou mais, em algumas instituições financeiras. Devido à crise do crédito hipotecário de alto risco e à subida do crédito malparado, que atingiu, em Portugal, o valor recorde de 2.609 milhões de euros em Junho de 2008, mais 21 por cento do que no mesmo mês do ano passado, os bancos têm aumentado as exigências na concessão de empréstimos, tanto para a aquisição de casa, como de bens de consumo, entre os quais automóveis.
Em Março deste ano, vários especialistas contactados pelo Correio da Manhã previam a taxa de juro euribor a seis meses a subir para cinco por cento até ao fim do ano, mas ultrapassou tal fasquia muito antes.
A euribor a seis meses é fixada nos financiamentos que os bancos fazem entre si para depois emprestar a entidades particulares e empresariais.
TAXA DE JURO
A taxa de juro euribor a seis meses, a mais utilizada no crédito à habitação em Portugal, manteve-se nos 5,17 por cento nos dois últimos dias, o valor mais alto desde 2001.
Em Dezembro de 2005, a euribor a seis meses era de 2,639 por cento. Desde então, o aumento é de 95,5 por cento, razão pela qual a prestação da habitação comprada a crédito subiu quase o dobro em menos de três anos.
Em Setembro do ano passado, a mencionada taxa de juro fixava-se nos 4,751 por cento (progressão de quase nove por cento até agora).

jeudi 28 août 2008

PS rejeita debate de urgência sobre crime violento pedido pelo PP

O CDS-PP defende a realização de uma reunião extraordinária da Comissão Permanente da Assembleia da República para debater a "onda de criminalidade violenta" dos últimos tempos em Portugal. O PS vai inviabilizar este pedido.
O líder parlamentar dos centristas, Diogo Feio, disse à Agência Lusa que o partido comunicou, terça-feira, ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, essa pretensão, uma vez que o Parlamento não pode ficar "de braços cruzados a assistir todos os dias a um aumento da criminalidade sem fazer o que quer que seja".
"O país está a assistir todos os dias a um conjunto de actos que demonstram um clima e uma onda de violência que preocupa bastante as pessoas, gera situações de insegurança e o Parlamento não pode ficar a assistir de braços cruzados", justificou.
"O Governo também tem que ser confrontado com o que se está a passar", disse, sublinhando que o CDS/PP não pretende discutir o desempenho do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, uma vez que o que está em causa "são políticas e não pessoas".
Diogo Feio defendeu que a Assembleia da República tem que dar o exemplo e "dar voz" ao sentimento e preocupações dos portugueses.
PS contra debate extraordinário
O grupo parlamentar do PS vai inviabilizar o pedido do CDS-PP, mas garante que está disponível para discutir o tema dentro do "calendário estabelecido pelo Parlamento".
"Não entendemos que a situação que se vive no país seja de tal forma extraordinária que fundamente a convocação extraordinária da comissão permanente", referiu o vice-presidente da bancada socialista Ricardo Rodrigues.
No entanto, sublinhou, "o PS entende que a audição de ministros é normal em democracia" e está disponível para viabilizar a audição do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, "dentro do calendário estabelecido pela Assembleia". O deputado lembrou que está marcada uma reunião ordinária da comissão permanente para 9 de Setembro
JN

Construção de habitações pode descer produção de 33%

A Associação dos Industriais d Construção Civil e Obras Públicas alertou esta terça-feira para a possível quebra de 33% na produção de edifícios residenciais, este ano. As medidas já tomadas pelo Governo para diminuir os encargos das famílias com habitação são classificadas como "escassas".
Em comunicado, a associação refere que medidas como a redução do Im posto Municipal sobre Imóveis e as maiores deduções à colecta para encargos com habitação própria são "insuficientes" face à subida das taxas de juro e à "erosão do poder de compra dos portugueses".
Com as actuais taxas de juro, a AICCOPN prevê que se assista a "dificuldades de muitas famílias para continuarem a pagar as prestações das suas casas" e a "uma quebra ainda mais significativa no já debilitado mercado de construção habitacional".
A associação defende a "imediata" revisão da lei "obsoleta" lei das rendas, que "afasta o investimento, quando deveria dinamizálo". "O mercado de arrendamento tem de se afirmar como uma alternativa viável à aquisição de habitação própria", refere o comunicado.
A AICCOPN salienta ainda que a reabilitação urbana "há muito merece o estatuto de prioridade nacional" e defende uma taxa reduzida de IVA na habitação, algo que teria de passar por uma alteração da legislação comunitária mas que a Comissão Europeia já propôs.
A associação sublinha que estas medidas são "indispensáveis" para impulsionar o mercado de habitação, que vive uma crise "profunda" há sete anos.
JN

Levaram Multibanco do Tribunal de Cascais e alarme não tocou

Uma caixa Multibanco foi roubada, esta madrugada, do Tribunal de Cascais, depois de a porta principal do edifício ter sido arrombada e de o alarme não ter sido accionado.
De acordo com os funcionários, o alerta foi dado pelas responsáveis pela limpeza, que entraram ao início da manhã, seis horas depois de o segurança ter terminado o seu turno, às 24:00.
As mesmas fontes adiantaram que a porta principal do tribunal foi arrombada e que a caixa Multibanco, localizada no "hall" de entrada do edifício, foi levada sem que fosse deixado qualquer vestígio.
"O alarme não disparou e as câmaras de vigilância não têm qualidade. A pessoa pode estar a um metro de distância e não ser reconhecida", afirmou um funcionário.
Devido aos trabalhos da PSP, o tribunal abriu com meia hora de atraso, cerca das 09:30, mas a polícia ainda está no local a recolher informações
JN

Assaltava casas e furtava carros enquanto proprietários dormiam

Grande Porto. Detido pela PSP, tinha um revólver carregado à cintura
Estava em regime de prisão domiciliária com vigilância electrónica, mas isso não o terá impedido de concretizar furtos em várias residências unifamiliares no Grande Porto quando os donos se encontravam em casa, roubando-lhes inclusive as viaturas.O jovem de 21 anos, detido no âmbito de um processo que ainda está a decorrer na sequência da operação Pegasus - que já permitiu a recuperação de 60 viaturas de alta cilindrada e a detenção de 36 pessoas - , cortou a pulseira que lhe tinha sido imposta como medida de coacção e "retomou a actividade delituosa" até ser novamente detido pela Polícia de Segurança Pública (PSP), na passada segunda-feira, em Matosinhos.O presumível assaltante está indiciado em cerca de uma dezena de furtos em residências, que praticou após a destruição da pulseira electrónica, sendo que o valor desses ilícitos ascende a mais de 500 mil euros, informou ao DN uma fonte da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP do Porto.Apesar de não ter sido detido em flagrante delito, o indivíduo tinha na cintura um revólver de calibre 0.38 milímetros carregado, adiantou o comissário Marco Teixeira.O jovem actuava sempre durante o período nocturno e apropriava-se de objectos de valor que estavam mais à mão, assim como de chaves e respectivas viaturas.Tudo acontecia quando os proprietários se encontravam a dormir no interior das residências. "Felizmente nunca acordaram e nunca houve confrontação física directa com o indivíduo", o que poderia ter revestido os furtos de contornos mais violentos, acrescentou ainda Marco Teixeira.Após a sua detenção, os agentes da DIC da PSP do Porto encontraram quatro viaturas dissimuladas em vários locais da via pública, "na perspectiva de serem comercializadas" futuramente, referiu .Os furtos aconteceram em vários locais da região do Grande Porto, em zonas tão diferentes como Porto, Gaia, Senhora da Hora, Gondomar, Maia e Rebordosa.Sem ocupação profissional ou residência fixa - o que dificultava a sua localização -, o jovem de 21 anos estava altamente referenciado e era há muito procurado pelas autoridades. Aliás, "numa tentativa anterior de detenção, encetou a fuga numa viatura furtada em sentido contrário numa autoestrada", conseguindo escapar aos agentes policiais, adiantou ainda o comissário da PSP.No âmbito desta operação, a Polícia de Segurança Pública apreendeu ainda uma arma de fogo, quatro viaturas - três delas de alta cilindrada (um Mercedes CLS 350, um Chrisler 300 C, um Renault Mégane Break e um Fiat Punto) - e ainda uma consola e os respectivos jogos electrónicos.
DN

Benfica dá cinco milhões pelo brasileiro Ewerthon

Mercado. Avançado tem 27 anos, joga no Saragoça e é desejado na Luz
O Benfica fez uma proposta aos espanhóis do Saragoça para assegurar o concurso do avançado brasileiro Ewerthon, de 27 anos, natural de São Paulo. De acordo com informações recolhidas pelo DN, Rui Costa, director desportivo dos encarnados, contactou o clube espanhol na última segunda-feira, sendo que ainda não recebeu qualquer resposta por parte do emblema que, na última temporada (2007/2008), foi despromovido ao segundo escalão do futebol espanhol.Segundo as informações recolhidas, o Saragoça pede, neste momento, uma verba compreendida entre os oito e os dez milhões de euros pela saída do futebolista. Algumas fontes ligadas ao clube espanhol garantiram ao DN, ontem, que o Benfica já terá oferecido, de resto, cinco milhões de euros pelo passe do atacante brasileiro. Um valor, contudo, ainda distante do encaixe que é pretendido pelos espanhóis. Importa recordar que, no último defeso, o Saragoça negociou o passe do médio--ofensivo argentino Pablo Aimar com o Benfica a troco de 6,5 milhões de euros e do empréstimo do extremo-esquerdo português Fábio Coentrão. Ewerthon disponívelConfrontado ontem com o interesse do Benfica na aquisição de Ewerthon, o representante do jogador canarinho, o alemão Gerhard Poschner, deixou em aberto a hipótese de o avançado brasileiro ingressar no Benfica já nos próximos dias: "Não escondo que o Benfica é um grande clube, que está a construir, para a presente época, uma grande equipa. Não recebemos, até esta altura [ontem], nenhum contacto oficial por parte do Benfica. Ewerthon tem, neste momento, mais dois anos de contrato [até 2010] com o Saragoça, mas estará, certamente, disponível para representar o Benfica", disse o empresário Gerhard Poschner ao DN.Empréstimo é hipóteseUma das hipóteses em aberto, neste momento, reside na possibilidade de Ewerthon, que no Saragoça aufere um ordenado de dois milhões de euros/ano, ser cedido por empréstimo da formação espanhola ao Benfica.
DN

Sporting só apareceu depois da humilhação

Desaire. Campeão espanhol venceu o Sporting por 5-3 e conquistou Troféu Santiago Barnabéu. Todos os golos do Real Madrid foram obtidos na primeira parte. Responsabilidade de Paulo Bento que optou por um onze de segunda categoria, o resultado foi a humilhação, que os titulares ajudaram a disfarçar
O Sporting deixou a dignidade em Portugal e saiu de Espanha humilhado por uma desastrosa exibição na primeira parte frente ao campeão espanhol. No prestigiado Troféu Santiago Barnabéu, que homenageia o mais carismático presidente merengue de sempre, Paulo Bento decidiu apresentar um esboço de equipa. E pagou caro por tamanha "audácia". Quando tentou emendar o erro, colocando em campo a melhor equipa, já o resultado era demasiado desnivelado (5-1), conseguindo apenas amenizar a péssima imagem do primeiro tempo. No onze eleito, apenas Rui Patrício, Polga, Veloso (estreou-se ontem a titular) Izmailov e Rochemback são apostas do técnico para a época que agora começou. Pouco. Muito pouco para quem disse que, apesar de particular, o jogo teria que ser encarado com dignidade. O encontro até prometia. As duas equipa começaram a temporada com a conquista de um título, a Supertaça dos respectivos países. Também o futebol que têm exibido está agradar. Mas cedo se percebeu que só o Real Madrid tinha capacidade para cumprir a promessa de espectáculo. Aproveitando o total desacerto dos leões - falharam em demasia no meio--campo, onde as marcações não funcionaram dificultando ainda mais a acção da frágil defesa - a formação de Bernd Schuster chegava como queria à área de Rui Patrício. E aos 24 minutos já ganhava por 3-0, com golos de Robben (tanta maldade que o holandês fez ao lateral Pedro Silva) e dois de Higuain. Numa das rara vezes que, durante a primeira parte, conseguiu passar o meio-campo, o Sporting reduziu, num remate de fora da área de Izmailov. Mas o Real Madrid tinha futebol a mais para o leão e até ao intervalo marcou mais dois (5-1). Para os merengues o jogo acabou nesse momento. O troféu estava ganho. Os 45 minutos que se seguiram serviram para rodar a equipa, testar a concentração defensiva face à maior ambição da linha avançada do Sporting, onde o recém entrado Yannick se revelou o mais inconformado, tendo assinado o 5-2. Depois foi a vez de Veloso disfarçar a humilhação, tendo feito o 5-3 perto do final do jogo.
DN

Elvas e Campo Maior querem saúde espanhola

Pediatria. Junta da Extremadura já foi contactada
Perante o que adjectivam de "falta de respostas de Portugal", os municípios de Elvas e Campo Maior querem que as crianças dos seus concelhos passem a ter acesso à pediatria do Hospital Infanta Cristina, em Badajoz, como forma de evitar deslocações a Portalegre e Évora (60 e 100 quilómetros, respectivamente). Os autarcas já enviaram uma petição à Junta da Extremadura espanhola, onde pedem que o convénio celebrado há dois anos, que permite às portuguesas irem ter os filhos a Espanha seja alargado à especialidade pediátrica, sobretudo no que respeita aos serviços de otorrinolaringologia e cirurgia.O presidente da Câmara de Elvas, o socialista Rondão de Almeida, acusa o Governo português de ter faltado à palavra dada aquando do encerramento da Maternidade Mariana Martins. "Ficou estabelecido que seria assinado um acordo com o Hospital Infanta Cristina para dar assistência a todas as crianças dos concelhos da raia. Não aceitamos que uma criança que necessita de assistência tenha de fazer mais de 100 quilómetros, tendo a especialidade aqui ao lado", diz o autarca, que pretende agora aproveitar a recém criada "euroregião", que envolve vários concelhos do Alentejo e da vizinha Extremadura, para alcançar "um estatuto especial nos diversos serviços".Segundo apurou o DN, os responsáveis espanhóis admitem "estudar" a proposta, lembrando que qualquer criança portuguesa "será atendida normalmente"nas urgências de badajoz. Contudo, contactada pelo DN, a Administração Regional de Saúde do Alentejo diz não haver necessidade de recorrer à pediatria em Espanha, porque "Évora não tem lista de espera".
DN

Famílias obrigadas a devolver subsídio

Apoios sociais. Vários beneficiários do Rendimento Social de Inserção do concelho de Viseu estão a receber cartas da Segurança Social a pedir a devolução de parte do subsídio que lhes foi enviado. Têm 30 dias para resolver a situação
A Segurança Social do distrito de Viseu (SSV) está a notificar os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), aos quais atribuiu prestações pecuniárias em valor superior ao legalmente permitido, para devolverem as verbas pagas em excesso. Há casos de beneficiários intimados a pagar, em apenas 30 dias, valores que ultrapassam os 5 mil euros, sob pena de, não pagando, serem accionados judicialmente e verem retidas as prestações acessórias como o abono de família. O engano foi da SSV que todavia não o admite.Isabel Costa foi um dos casos a quem a Segurança Social notificou, a 13 de Agosto, para pagar em 30 dias a quantia de 5400 euros. Aos 46 anos é mãe de 4 filhos, todos vivem em casa, e tem ainda ao seu cuidado o pai, um idoso de 83 anos que está acamado. Vivem todos juntos numa casa de 3 assoalhadas em Cabanões, Viseu. Os filhos, dois menores que estudam e dois maiores de idade mas desempregados, ainda vivem a seu cargo. A beneficiária conta que recebe o RSI desde 2000. "Não consigo arranjar trabalho e o meu marido vai fazendo uns biscates em jardins e nas obras. Pago 325 euros de renda de casa; a luz, água e gás levam 125 euros. Com os 200 euros que sobram vou vivendo". O marido, de 48 anos, está desempregado e aguarda uma intervenção cirúrgica à coluna. A mulher conta que "inicialmente deram- -me 350 euros, depois 90 e finalmente 150 euros". Em Fevereiro deste ano e como "a casa onde vivíamos não tinha condições, arranjámos esta por intermédio da assistente social que veio cá a casa. Aumentaram-me a prestação para 650 euros e julgava que estava tudo bem", desabafa. Isabel adianta que "na semana passada, quando chegou a carta, entrei em choque. Como é que vou pagar este dinheiro? Eles ainda me vão tirar o abono das garotas e depois é que vão ser elas".Quando a carta da segurança social chegou a beneficiária entrou em contacto com a Junta de Freguesia que a aconselhou a deslocar-se aos serviços da Segurança Social de Viseu. O que fez ontem. "De lá disseram-me que por enquanto não iam fazer nada e pediram-me um documento da junta a atestar as condições em que vivo". Isabel Costa assegura que "não me disseram se me iam tirar o abono das garotas", explica ao DN, adiantando que "garantiram que para já ia ficar tudo na mesma". Mas, na realidade, essa hipótese está bem explícita na carta enviada pela segurança social: "A falta de restituição do montante indevidamente pago determina a redução nos benefícios a que eventualmente tenha direito ou à cobrança coerciva". Demasiada lei para quem tem poucos recursos. "Eles até se podem ter enganado mas eu pensava que estava tudo bem. Sobretudo depois que a assistente social se interessou por nós. Agora, se tiver que o devolver, só me resta ir viver para debaixo da ponte". E é bem possível que assim seja. Ao DN o responsável distrital da SSV não considera que esta seja "uma intervenção drástica". Manuel João Dias adianta que "os serviços de fiscalização têm estado a actuar e notificámos aqueles que estavam a receber montantes indevidos de RSI". E lembra que a fórmula de cálculo "é simples. São 181,5 euros por elemento do agregado familiar". O responsável não considera que os serviços se tenham enganado. "Pode ter havido alteração de rendimentos". Mas Isabel Costa garante que "infelizmente nem eu nem o meu marido conseguimos emprego e nunca recebemos qualquer dinheiro que não este". Argumentos que não comovem Manuel João Dias. "Se por qualquer razão fizemos um pagamento indevido, quem o recebeu deveria ter-se dirigido aos serviços e reportar o sucedido". O responsável distrital da Segurança Social garante que "não estamos a pôr a faca ao peito de quem deve. As pessoas podem pagar em prestações, que têm um limite máximo".
DN

Escaravelho obriga a adiar 30 operações cirúrgicas

Um insecto rastejante (coleóptero) obrigou ao fecho na terça-feira das oito salas do bloco operatório do Hospital dos Lusíadas, no Alto dos Moinhos, em Lisboa. A entrada em funcionamento do bloco está prevista para amanhã. Como consequência, trinta cirurgias, não urgentes, na maioria ortopédicas, tiveram de ser adiadas e já foram re-agendadas.

mardi 26 août 2008

Quaresma continua na mira do Inter

A decisão por Quaresma está por dias. O mercado futebolístico encerra esta semana, portanto, o Inter de Milão tem a última grande oportunidade para garantir a grande estrela do F. C. Porto. José Mourinho quer o extremo.
Massimo Moratti, presidente do Inter de Milão, já admite que a contratação de Quaresma é uma possibilidade para o clube italiano. Uma ideia que choca com as anteriores declarações, naquela que foi uma clara estratégia de mercado para não influenciar o preço do internacional português. José Mourinho, depois de conquistar a Supertaça frente à Roma, também deu a entender que a equipa precisa de um jogador capaz de jogar num dos flancos, o que abre boas perpectivas de transferência ao jogador do F. C. Porto. "Para o equilíbrio do plantel, é útil ter outro ala, pois podemos jogar com três avançados. Vamos ver o que vai acontecer", reconheceu o conceituado treinador, citado pelos órgãos de comunicação social transalpinos.
Sendo assim, os principais jornais italianos garantem que haverá um encontro entre Marco Branca, director desportivo do Inter, e os responsáveis do F. C. Porto, agendado para os próximos dias, no sentido de se estabelecer uma plataforma de entendimento para a transferência do futebolista, que só fez um jogo durante a pré-temporada (29 minutos frente ao Hannover). O craque continua protegido numa redoma e nem sequer foi utilizado frente ao Sporting, na Supertaça, e diante do Belenenses, para a Liga, sinal de que se encontra no mercado e pode ser transferido a qualquer momento.
Por seu turno, o Inter também tenta diminuir o número de avançados de forma a ter um plantel mais equilibrado e procura colocar o panamiano Suazo, um nome muito apreciado pelos responsáveis do Benfica. Mas a transferência de Quaresma pode não estar pendente dessa situação, pois o treinador José Mourinho é um confesso admirador das qualidades do jogador do F. C. Porto e precisa, realmente, de um futebolista que alie a técnica à fantasia, no sentido de dotar a equipa de outras variantes tácticas.
Os italianos sempre estiveram dispostos a oferecer 17 milhões de euros pelo craque português, juntando ainda os direitos desportivos do médio Pelé, um jovem trinco com grande margem de progressão. Mas a oferta nunca seduziu os responsáveis do F. C. Porto, que consideram Quaresma um forte e valioso activo, capaz de valer muito mais. É dentro desses princípios que os próximos dias serão decisivos relativamente o tema, pois o mercado futebolístico encerra na próxima segunda-feira, dia 1 de Setembro. Restam, portanto, sete dias...
JN

Caminha: Milhares rumam à Serra d'Arga para pedir a S. João cura para doenças ou "ajuda" para casar

Viana do Castelo, 26 Ago (Lusa) - A Serra d'Arga, em Caminha, recebe quinta e sexta-feira milhares de romeiros, que, por tradição, vão pedir a S. João cura para quistos, verrugas, doenças de pele e infertilidade ou mesmo uma "ajudinha" para arranjarem casamento.
É a Romaria de S. João d'Arga, uma das mais típicas do calendário festivo do Alto Minho, sempre responsável por uma "invasão" de gente, muita da qual, no entanto, vai, apenas e só, à procura do som característico dos tocadores de concertina e tocadores ao desafio, que se fazem ouvir, em animadas rusgas, até às tantas da madrugada.
Para afinar as gargantas e aquecer o corpo, que a aldeia fica a uma altitude de cerca de 800 metros e, de noite, o frio aperta, os romeiros têm ao seu dispor, em várias tasquinhas, o "chiripiti", uma bebida fortemente "aconselhada" por Francisco Sampaio, ex-presidente da agora extinta Região de Turismo do Alto Minho.
"É uma mistura de mel e de aguardente, produzidos na serra. Um cálice, ou dois, ou mesmo três, não fazem mal nenhum, pelo contrário", assegura Sampaio.
Muitos romeiros mantêm viva a tradição de ir a pé até S. João d'Arga, como acontece com um grupo que conta já com mais de 70 pessoas e que partirá de Vila Praia de Âncora bem cedo, para chegar à capela pelo meio-dia, após ter percorrido cerca de 25 quilómetros.
Há também muitos solteiros que não desperdiçam a oportunidade de irem até ao "penedo do casamento", situado no alto da serra e que, segundo a lenda, consegue "arranjar testo para qualquer panela", tudo dependendo da perícia de quem quer casar.
"A pessoa atira uma pedra para o penedo e se ela ficar em cima dele, à primeira, é sinal que casa no prazo de um ano. Se for à segunda, tem que esperar dois anos. E por aí fora", explica Francisco Sampaio.
Com o humor que lhe é peculiar, o homem-forte do turismo do Alto Minho conta que o "desespero" de quem recorre ao penedo está bem patente nesta quadra, que é uma das mais citadas quando se fala daquela romaria: "Ó meu Senhor S. João / Casai-me que bem podeis / Já tenho teias de aranha / Naquilo que bem sabeis".
Normalmente, e ainda segundo Francisco Sampaio, os romeiros também não se esquecem de deixar uma esmola ao diabo, representado por um dragão que figura numa estátua debaixo da pata do cavalo de S. Miguel, não vá o "bicho" levar a mal e desatar a fazer "diabruras" ao longo do ano.
Fé e lendas à parte, a romaria é característica pelas rusgas de cantadores ao desafio e tocadores de concertina, pela noite dentro, até às tantas da madrugada.
Segundo Marinho Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia de Arga S. João, chegam a juntar-se por ali, à volta da capela, 100 ou 200 homens e mulheres a tocar e a cantar.
"É uma coisa simplesmente única", garante o autarca.
Durante dois dias, a aldeia esquece os problemas da desertificação e do envelhecimento, bem patentes nos números: ali vivem pouco mais de 100 habitantes e a esmagadora maioria conta já com mais de 60 anos.
A freguesia tem apenas 78 pessoas recenseadas, pelo que o presidente da Junta é eleito em plenário de eleitores, como acontece em todas as localidades onde o número de votantes não ultrapassa os 150.
A freguesia não tem qualquer escola e, por isso, os poucos jovens que ali vivem são obrigados a deslocar-se a Gondar, Dem ou Caminha, consoante frequentem o jardim-de-infância, o 1º ciclo ou o 2º ciclo.
Com uma área de 13 quilómetros quadrados e situada nas fraldas da Serra d'Arga, a freguesia de S. João conta com apenas 25 fogos.
JN

Miguel Lopes encanta Rui Costa e Quique

Benfica. Fez um jogo extraordinário no último domingo frente aos encarnados. O lateral-direito maravilhou o director desportivo e o treinador do Benfica, mas a verdade é que está há muito referenciado pelo clube da Luz e o seu nome até já foi discutido em algumas reuniões
Formou-se no Benfica, mas há três temporadas acabou por ser dispensado. Foi então para o Operário, dos Açores, e há duas temporadas que está no Rio Ave. No último domingo Miguel Lopes defrontou o seu antigo clube e foi um dos melhores em campo. Rui Costa, director-desportivo, e Quique Flores, treinador, ficaram encantados com a performance do jovem jogador de 21 anos. Mas, apurou o DN, os encarnados há algum tempo que seguem o lateral-direito e o seu nome já esteve mesmo em cima da mesa. E o futebolista, sabe o nosso jornal, na passada semana já tinha conhecimento de que o seu nome estava a ser veiculado nos corredores da Luz. A menos de uma semana do fecho do mercado e quando os encarnados continuam à procura de um lateral, pois Nélson vai ser jogador do Bétis (o jogador assinou contrato ontem por cinco épocas, recebendo o Benfica cinco milhões de euros por 80% do passe), o nome de Miguel Lopes poderá voltar a ser discutido na SAD.O facto do futebolista fazer bem quatro posições! (joga nas duas laterais, tanto a defesa como a médio-ala/extremo) é um ponto a seu favor. No entanto, o jovem não é a primeira opção para o lugar, apurou o DN. Quique gostou do que viu, tanto neste jogo como em DVD, mas a verdade é que o técnico espanhol prefere, neste momento, um jogador mais experiente, até porque Maxi Pereira, que ocupa actualmente o lugar na equipa, não é um lateral de raiz.As performances do futebolista valeram-lhe a chamada à selecção de sub-21 que na última terça-feira defrontou a Rep. Checa (2-3). No domingo, frente ao Benfica (1-1), Miguel Lopes voltou a destacar-se. Rui Costa observou-o na bancada e o técnico Quique Flores no banco. Está referenciado, registe-se, mas os encarnados procuram outra solução no mercado Europeu e sul-americano.Ilsinho de saída do ShaktharIlsinho, brasileiro do Shakthar Donetsk, está de saída do principal campeonato da Ucrânia. O jogador,que já esteve nas cogitações do clube da Luz na era Fernando Santos, foi um dos futebolistas oferecidos aos encarnados nos últimos dias. O facto de não ser opção naquele clube faz com que o emblema ucraniano admite cedê-lo por uma verba reduzida.Belletti, do Chelsea, continua também em cima da mesa e é mesmo um dos nomes que mais satisfaz Quique Flores. Oficialmente não foi dispensado por Scolari, mas o técnico não conta com o ex-Barcelona.
DN

Facturação das clínicas privadas cresceu 8%

Saúde. Relatório de consultora espanhola revela vitalidade do sector
As unidades de saúde privadas facturaram 690 milhões de euros em 2007, um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. Os dados são de um relatório da consultora espanhola DBK sobre a saúde privada em Portugal. Depois de dois anos em que se verificou uma desaceleração, o sector está a crescer impulsionado pela generalização dos seguros de saúde diz a consultora.Concentração Segundo o relatório da DBK, em Maio de 2007 existiam em Portugal 40 unidades privadas, que dispunham de 2247 camas. A esta oferta somavam-se cerca de 900 camas de clínicas e centros públicos geridos por operadores privados. Lisboa era a região que concentrava mais oferta: 16 unidades e mais de 1300 camas. Também era na capital que estavam os maiores hospitais: a média era de 80 camas por unidade, contra 56 a nível nacional.O relatório da DBK sobre o sector da saúde em Portugal dá conta também de um grande concentração, já que os cinco principais operadores - José de Mello Saúde, Grupo Espírito Santo Saúde, HPP, Grupo Português de Saúde e Clisa - reuniam, em 2007, uma quota de mercado da ordem dos 80%. No capítulo das tendências, os consultores espanhóis assinalam a aposta na diversificação dos líderes de mercado, destacando a procura de oportunidades de negócio no mercado externo e a exploração de sinergias com o sector de serviços para a terceira idade. Os acordos com o sector público constituem outra oportunidade de crescimento, dizem, destacando a participação de clínicas privadas nos programas de redução das lista de espera e a gestão privada de centros hospitalares públicos.
Diario de Noticias

Emigrantes poupam menos 7% este ano

Dificuldades. Em 2007, os emigrantes portugueses ainda conseguiram enviar para Portugal 2,6 mil milhões de euros em poupanças, o que daria para pagar uma nova Ponte Vasco da Gama. Mas a recessão também se faz sentir nos seus bolsos e a remessas vindas do estrangeiro caíram, já no primeiro semestre do ano, 7%
Emigrantes poupam menos 7% este ano
Os nossos emigrantes já viveram dias melhores, a avaliar pelo tamanho das suas poupanças. Em 2007, o cheque dos emigrantes enviado para Portugal valia quase 2,6 mil milhões de euros, o suficiente para pagar uma nova ponte Vasco da Gama, sobre o rio Tejo, em Lisboa. Mas já nos primeiros seis meses deste ano, o cheque das poupanças levou uma "tesourada" de cerca de 7% em relação ao primeiro semestre de 2007 (totalizaram 1,1 mil milhões de euros em Junho último).O que leva os emigrantes a cortarem na mesada, já este ano? Ainda é cedo para conclusões, mas também a força de trabalho made in Portugal não está a salvo das crises. Na Europa, nos últimos meses, o desemprego aumentou e os rendimentos baixaram. Foi o que sucedeu, por exemplo, na Alemanha e em França. Nos EUA, a economia definha e na Venezuela a crise política aconselha cautelas com dinheiros. É aliás, no país presidido por Hugo Chávez que as bolsas dos nossos emigrantes mais sofrem, a avaliar pelas poupanças. É que no primeiro semestre os nossos compatriotas enviaram menos 3,1 milhões de euros, um corte de 31% em relação aos mesmo meses do ano passado.Pelo contrário, há um novo Eldorado para os portugueses: Espanha. As remessas efectuadas desde o país vizinho aumentaram 56,5% entre 2006 e 2007 e já neste primeiro semestre o pecúlio (avaliado agora em 74 milhões de euros) cresceu 101%, apesar da "aterragem" da economia e da explosão da bolha imobiliária que pode, dentro de alguns meses, levar ao retorno de milhares de emigrantes.Espreitar a carteira dos compatriotas emigrados leva a reflexões. Quanto valem as suas poupanças, acumuladas nos bancos do País? As últimas contas indicam mais de 7,2 mil milhões de euros, 4,4% de toda a riqueza produzida em Portugal no ano passado. Sem estas remessas - que equivalem a 1,6% do produto interno bruto (PIB) - e sem os subsídios da União Europeia - outros 2,4% do PIB, uma soma de 3,9 mil milhões de euros em 2007 - o País não funcionava. E, sem estas poupanças dos emigrantes, o endividamento dos bancos portugueses ao estrangeiro seria muito maior. Os banqueiros esganariam os empréstimos às famílias e empresas e, com certeza, as taxas de juro praticadas no mercado seriam muito maiores. Nos últimos dois anos as poupanças que entraram nas fronteiras aumentaram 311 milhões de euros - dos quais 168,2 milhões de euros no ano passado. Mas nem sempre foi assim. O historial da bolsa dos emigrantes também experimentou agruras e altos e baixos. Por exemplo, os anos terríveis de 2002 e 2003 em que o cheque caiu mais de 1,3 mil milhões de euros.
Diario de Noticias

Subida em 2010

A actualização do preço da água, proposta ao Governo pelo instituto regulador do sector, será feita de "forma gradual e nunca antes de 2010." A garantia é dada pelo Ministério do Ambiente, que atrasa, deste modo, qualquer aumento na tarifa para depois do ano de eleições.
Ontem foi noticiado pelo ‘Jornal de Negócios’ que os consumidores vão financiar, através da tarifa, os investimentos de expansão e modernização das infra-estruturas de água e resíduos em Portugal, bem como os custos de exploração das empresas prestadoras de serviços. A medida consta do anteprojecto de novo regulamento tarifário que o Instituto Regulador das Águas e Resíduos (IRAR) entregou ao Governo e que aguarda aprovação. Segundo o ministério de Nunes Correia, a proposta "tem a preocupação de não penalizar as famílias com rendimentos mais baixos", sendo que o valor da actualização ainda não está definido.
"Não será o Governo a impor tarifas", refere fonte oficial do Ministério do Ambiente, adiantando que "o Governo definirá os critérios que as entidades que aplicam as tarifas, como municípios, devem usar". Nunes Correia garante que "não está, por iniciativa deste Governo, iminente um aumento da tarifa da água", adiantando que a introdução de uma tarifa única, como acontece na electricidade não faz parte dos planos do Executivo.
Correio da manha

Razia no INEM gera tensão

A destituição inesperada de duas dirigentes do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que obtiveram a melhor nota (Excelente) na avaliação de desempenho a que estão sujeitos os funcionários públicos, está a deixar em pé de guerra todos os trabalhadores. O corpo dirigente da instituição teme que a razia continue.
A decisão do INEM apanhou todos desprevenidos e está a criar um clima de grande instabilidade interna, com os funcionários a sentirem que têm a cabeça a prémio e a admitirem que isso não ajuda ao desempenho profissional.
Asaídadasdirigentes – a directora dos serviços administrativos e financeiros e a directora dos recursos humanos – tidas como 'grandes profissionais e competentes' surpreendeu a estrutura dirigente. Segundo apurou o CM, uma das dirigentes soube da decisão no primeiro dia de serviço após o período de férias, a 18 de Agosto. A segunda foi chamada ontem à direcção, interrompendo as suas férias.
O fim das comissões de serviço das dirigentes é considerado'estranho'e 'uma grande coincidência', pois transitaram da anterior direcção, liderada por CunhaRibeiro. Questionadopelo CM, o gabinete de Comunicação do INEM escusou-se a esclarecer osdespedimentos,alegando 'questões de gestão interna'.
Correio da Manha

Irregularidades em lar

Alguns funcionários da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém (ARPIAC) criticam a direcção da associação devido a alegadas irregularidades, nomeadamente a venda de produtos distribuídos pelo Banco Alimentar Contra a Fome.
Todas as segundas-feiras a ARPIAC recebe alimentos: 'A direcção escolhe o que quer e o resto, como iogurtes, batatas fritas e bolos, vende aos utentes', contou ao CM fonte da Associação.
'Só vendemos a preço simbólico caixas de chocolates e produtos como pão com chocolate, que não podem ser aproveitados para os utentes em virtude das dietas dos mesmos. Muitas vezes vendemos a um euro e apenas aos funcionários, outras vezes damos aos nossos colaboradores', garantiu ao CM Herculano Silva, presidente da ARPIAC.
Com as valências de Lar, Centro de Dia e Apoio Domiciliário, a ARPIAC presta apoio a quase duzentos utentes entre os 45 e os 96 anos. 'No Centro de Dia os auxiliares são obrigados a lidar com idosos com Alzheimer e outros problemas e não têm formação. Já vi duas ou três auxiliares para 60 utentes e é impossível apoiar todos', contou ao CM fonte da Associação.
Rita Melo, directora técnica, desdramatiza: 'Todos os auxiliares têm formação clínica periódica para saberem lidar com situaçõescomplexas.' Herculano Silva corrobora: 'Não aceitamosutentescom Alzheimer em fase avançada.'
'Infelizmente não existe animadora social', garante fonte da Associação. Ao abrigo do Despacho Normativo 12/98 do Ministério da Solidariedade e Segurança Social, um lar desta natureza deve ter animação social a tempo parcial: 'Temos uma senhora que faz várias coisas, para a contratarmos a tempo inteiro tivemos que lhe dar outras tarefas mas ela faz colagens, cortes e trabalhos manuais com os utentes', esclareceu Herculano Silva.
ÚLTIMOS FISCAIS VISITARAM LAR EM OUTUBRO DE 2007
A Associação de Reformados,Pensionistas e Idosos de Agualva--Cacém (ARPIAC) é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) com acordo de cooperação para a resposta social de lar de idosos e funciona no Vale Eureca desde o dia 1 de Junho de 2003.
Questionada sobre acções de fiscalização, a Segurança Social garantiu ao CM, em comunicado, que 'a Instituição tem tido acções de acompanhamento, desenvolvidas pela técnica da equipa de cooperação do serviço de Sintra, tendo a última visita sido efectuada no dia 4 de Outubro de 2007'. Em Junho último a Segurança Social teve uma reunião de trabalho na ARPIAC mas segundo o CM apurou, nesse dia, não foi contabilizado o número de utentes e de trabalhadores, nem foi fiscalizado o alegado desconforto em que vivem os idosos.
FUNCIONÁRIOS REVOLTADOS
Um dos trabalhadores da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém acedeu falar ao CM sob anonimato: 'Os utentes ficam muitas vezes sentados com ranho, sede e com a fralda suja mas tem que ser tudo feito nas horas certas. Há uns tempos houve sarna e a direcção decidiu isolar os utentes nos quartos, mas ninguém sabe se foi feita alguma desinfestação. Quando existe a suspeita de que algum funcionário roubou alguma coisa mexem nos cacifos, sem autorização e sem ninguém estar presente. Há muitos utentes que têm Alzheimer e um deles uma vez até fugiu a meio da tarde. Nos últimos meses os utentes têm sofrido várias quedas nas escadas, o que preocupa a maioria dos trabalhadores. Grande parte das pessoas que aqui trabalha adora os velhotes e muitas vezes estas pessoas fazem muito mais do que aquilo que lhes compete.'

Benfica: Treinador não gostou de ver adjunto na tribuna

Quique ficou incomodado Não foi apenas o resultado e a exibição que desagradaram Quique Flores em Vila do Conde. O CM sabe que o técnico espanhol estranhou muito o facto de ter visto o adjunto Diamantino Miranda na Tribuna de Honra do Estádio dos Arcos, sentado ao lado do director desportivo Rui Costa e, embora de forma subtil e educada, demonstrou--o no dia seguinte.
fonte do clube admitiu ao CM ser perfeitamente normal o incómodo do treinador, já que a Tribuna de Honra é local onde só pessoas com peso no clube devem sentar--se. 'Ninguém gosta de sentir-se ‘desautorizado’', disse a mesma fonte, notando que o antigo futebolista desempenha neste momento as funções de olheiro do clube, a partir do momento em que Quique Flores prescindiu dele no trabalho de campo.
Diamantino Miranda reforçou esta época a equipa técnica liderada por Quique Flores, onde já se encontrava outro português, Fernando Chalana. Contudo, ambos foram apanhados de surpresa logo no segundo dia de trabalho, quando se preparavam para se equipar e foram impedidos de o fazer pelo treinador. Nessa altura, Quique avisou Rui Costa de que não contava com os dois portugueses, levando o director desportivo a desviar os técnicos para as tarefas de observação de adversários.
Diamantino Miranda chegou a deslocar-se à Alemanha, para espiar o FCPorto, adversário dos encarnados na próxima jornada, mas tem sido um elemento muito mais próximo de Rui Costa do que o ‘pequeno genial’, substituindo, na prática, Rui Águas, que desempenhou o mesmo papel após a saída de José Antonio Camacho.
Além da presença na Tribuna, os dois estiveram ainda lado a lado à entrada do túnel. O CM apurou também que Rui Costa desceu no final ao balneário e esteve largos minutos a falar com os jogadores, dissecando com eles alguns aspectos do jogo.
CARLOS MARTINS APTO PARA O CLÁSSICO DA LUZ
Carlos Martins teve alta do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, a tempo de viajar ainda na madrugada de segunda-feira para Lisboa. Isto, depois de os exames aos quais foi submetido não terem revelado qualquer problema.
Segundo apurou o CM, a equipa técnica terá alguns cuidados com o jogador nos primeiros treinos da semana, mas o médio não está em dúvida para o jogo com o FCPorto.
ESTREIA VISTA POR...
'É IMPORTANTE NÃO PERDER COM O FC PORTO', Vítor Paneira, Ex-jogador do Benfica
'O Benfica está claramente mais forte, não é tão previsível como a época passada. Depois deste resultado, é importante não perder com o FCPorto.'
'TINHAM OBRIGAÇÃO DE FAZER BEM MELHOR', António Veloso, Ex-jogador do Benfica
'Naturalmente, o resultado não foi bom. Face aos reforços de qualidade que chegaram, tinham obrigação de fazer melhor. Espero que ganhem ao FCPorto. É possível, com mais concentração.'
'VAI SER MELHOR COM DÍ MARIA E REYES', Hélder Cristóvão, Ex-jogador do Benfica
'Não deixou de ser uma desilusão, apesar de ter tido o domínio do jogo. Mas, nota-se que está mais organizado, embora o Aimar esteja muito escondido. Vai melhorar com Di María e Reyes.'
'FALTOU UM JOGADOR COMO LUIS GARCÍA'
Os encarnados ainda não desistiram de trazer Luis García para a Luz e o empate de anteontem, em Vila do Conde, avivou esta cobiça. O CM sabe que o nome do avançado foi falado entre os responsáveis pelo futebol encarnado, no final do jogo, havendo quem desabafasse que 'faltou um jogador como Luis García'. Perante tanta ‘obsessão’ com o jogador, Nélson poderá ser a chave. Benfica e Bétis já chegaram a acordo, falta agora o acordo entre o lateral--direito e o Bétis, que poderá chegar hoje a Sevilha.
Correio da Manha

lundi 25 août 2008

Benfica empata com Rio Ave

Benfica e Rio Ave empataram a uma bola em jogo da jornada inaugural da Liga disputado esta noite no Estádio dos Arcos, em Vila do Conde, um resultado que espelha bem ao que se passou dentro das quatro linhas.
Na primeira metade, os ‘encarnados’ remataram mais com Yebda, aos 37 minutos, a cabecear uma bola à barra, mas os da casa também dispuseram de boas oportunidades para abrir o activo.
Na segunda parte, após algumas ameaças, o Rio Ave colocou-se mesmo em vantagem aos 55 minutos. Na sequência de um pontapé de canto, Evandro subiu mais alto que a defesa do Benfica e cabeceou para a defesa de Quim, com Semedo a aproveitar a passividade da defesa contrária para facturar.
Ainda os adeptos vilacondenses festejavam o golo nas bancadas e já o Benfica tinha empatado, no minuto seguinte, por intermédio de Nuno Gomes, no seguimento de uma jogada rápida conduzida por Urreta pela direita.
Até ao final, apesar de algumas jogadas de perigo junto a uma e a outra balizas, o resultado não sofreu mais alterações, com a equipa comandada por Quique Flores a perder os dois primeiros pontos da presente temporada.

Volta a Portugal-David Blanco pela segunda vez

David Blanco vence Volta a Portugal O espanhol David Blanco (Palmeiras-Tavira) venceu este domingo a 70.ª edição da Volta a Portugal, ao fazer o segundo melhor tempo no contra-relógio da última etapa da prova, que ligou Penafiel a Felgueiras.
O ciclista espanhol, natural de Santiago da Compostela, efectuou o contra-relógio de 31,2 quilómetros em 43.31 minutos e manteve a camisola amarela.
É a segunda vez que este ciclista vence a Volta a Portugal, o que faz do espanhol o primeiro estrangeiro a ganhar a corrida por duas vezes. A primeira vitória foi na edição de 2006.
O também espanhol Hector Guerra (Liberty Seguros) foi o grande vencedor da etapa de hoje, mas ficou em segundo lugar na classificação geral individual, a 26 segundos do vencedor. O terceiro lugar foi para Koldo Gil (Liberty Seguros).
O melhor português em prova foi Rui Sousa (Liberty Seguros) que conquistou a 7.ª posição, a 6.39 minutos de David Blanco.

Serviços: Estudo sobre satisfação no Turismo

Táxis dão uma má imagem do PaísA má qualidade dos serviços prestados pelos táxis em Portugal é um dos principais motivos de insatisfação dos turistas. O estilo de condução, a falta de limpeza dos veículos e as dificuldades de comunicação estão entre a principais queixas, mostra o estudo da Ideiateca consultores, uma empresa portuguesa especialista em avaliação de serviços.
Segundo dados recolhidos entre Abril e Junho de 2008, a que o CM teve acesso, dos vários itens analisados o que revela menor grau de satisfação está relacionado com os táxis, com uma percentagem de apenas 23 por cento.
Os turistas consideram que o serviço prestado pelos motoristas de táxi é, em grande parte dos casos, "pouco profissional", queixando-se sobretudo "do estilo de condução, da limpeza do veículo, da falta de ar condicionado, da falta de cordialidade, da cobrança excessiva e da dificuldade em comunicar".
Ainda assim, os preços baixos, o sentimento de segurança, a gastronomia, os monumentos e "a simpatia geral dos portugueses" são aspectos considerados atractivos por quem visita o País.
Na arte de bem receber, o estudo mostra que a região Norte é a que melhores serviços oferece, tendo uma taxa de satisfação dos clientes na ordem dos 92 por cento, número que diz sobretudo respeito ao sector da hotelaria. Seguem-se-lhe a região de Lisboa, com uma taxa de satisfação de 85 por cento, e a do Algarve, com 75 por cento dos visitantes satisfeitos.
De acordo com o estudo, apesar do elevado investimento das unidades hoteleiras e dos serviços de restauração da região algarvia nas normas de atendimento e de qualidade, as elevadas taxas de ocupação durante os meses de Verão obrigam a uma "maior rotatividade nos quadros" de pessoal e a um maior recurso "a trabalhadores temporários", factores que, no conjunto, podem prejudicar os níveis de satisfação dos turistas.
MAU SERVIÇO PODE AFASTAR NOVOS TURISTAS
Uma imagem vale mais do que mil palavras. O ditado é velho, mas o estudo à qualidade dos serviços prestados aos turistas em Portugal põe em causa a sua validade. De acordo com os dados, 82 por cento dos turistas estrangeiros afirmam que a opinião de amigos ou familiares é determinante na hora de escolher o destino de férias. Na prática, uma má experiência resultante de um atendimento com menos qualidade pode afastar eventuais turistas do País. Além disso, como 65 por cento dos turistas estrangeiros usam o site dos hotéis e agências para fazer reservas, os comentários on-line com más avaliações são outro factor dissuasor.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a hotelaria em Portugal está em queda. No passado mês de Junho o País registou menos hóspedes, dormidas e proveitos do que no mês homólogo de 2007. A taxa de ocupação caiu 1,7 pontos e a receita por quarto disponível baixou 2,8 por cento.

V. N. Famalicão: Despiste fatal após roubo de viatura e cena de pancadaria

Três morrem em carrinha roubadaFoi uma noite de loucuras que acabou em tragédia para um grupo de seis jovens das zonas do Porto e de Lisboa – alguns já referenciados por assaltos violentos. Na sequência de um acidente com uma carrinha roubada, três deles morreram e outros três estavam ontem à noite em estado muito grave no Hospital de S. Marcos, em Braga. Antes do despiste fatal, tinham protagonizado desacatos numa esplanada, onde aparentavam encontrar-se em profundo estado de embriaguez. O acidente deu-se em Arnoso, Vila Nova de Famalicão, com uma Opel Astra – com lotação para apenas cinco pessoas, mas onde iam os seis –, furtada dois dias antes em Santa Maria da Feira.
'Era um cenário de horror. Muito sangue, corpos despedaçados, entre um amontoado de chapa', descreveu ao CM o empresário Luís Tavares que, alertado pelo alarme do seu stand – cuja vedação 'foi destruída pelo veículo em despiste' –, se deslocou ao local logo após o acidente, pelas 02h00.
Numa zona de descida acentuada e de curvas apertadas, na estrada que liga Porto a Braga (a menos de um quilómetro da saída da A3 em Cruz), a Opel Astra – conduzida por um rapaz de 19 anos, residente em S. Domingos de Rana, Cascais – entrou em despiste e bateu primeiro no muro de vedação do Stand LB Car, indo depois ao encontro de um muro do lado contrário – os pedregulhos deste foram projectados para um campo agrícola.
Três rapazes, com idades entre os 17 e 19 anos, todos residentes na zona do Grande Porto, foram dados como mortos no local. Um dos feridos encontra-se nos Cuidados Intensivos do S. Marcos, onde lhe foi extraído o baço. Os outros dois apresentam fracturas no tórax e na bacia. As autoridades policiais apenas conseguiram identificar três elementos do grupo: o condutor, de Cascais, e dois jovens do Porto: Eduardo Paiva, de Cedofeita, e Daniel Cabral, do Bonfim.
Ao que foi possível apurar, alguns elementos do grupo que as autoridades conseguiram identificar estariam já referenciados pela Polícia Judiciária por furtos e assaltos violentos, sobretudo na zona do Grande Porto.
TINHAM MATERIAL FURTADO
A Opel Astra 1.6, de 1998, ficou completamente destruída por força do violento despiste sofrido em Arnoso, Santa Maria, numa zona de curvas com grande frequência de acidentes. Do amontoado de chapa que restou – e que foi rebocado pela empresa Joaquim Sanches, de Gavião –, foi ainda possível recuperar GPS e outros artigos roubados, a par de 'muitas garrafas de bebidas alcoólicas'. O Núcleo de Investigação Criminal da BT de Braga assumiu a investigação do acidente, aguardando os resultados das autópsias e dos exames sanguíneos aos feridos para apurar os níveis de alcoolemia, que se acredita serem elevados e que terão contribuído para o acidente, numa zona perigosa. 'Pelo menos uma vez por ano, tenho de arranjar a vedação. É uma zona perigosa, de velocidade e em que a curva tem inclinação para fora', queixou-se Luís Tavares, dono do stand LB Car.
'ENTRARAM POR AQUI ADENTRO E COMEÇARAM DESACATOS'
'Foi uma cena que ainda não dá para acreditar. Sem mais nem menos, pararam a Astra, entraram por aqui adentro e começaram a provocar desacatos', disse ao CM um dos cinco clientes que na madrugada de ontem se encontravam na esplanada do café Novo Milénio, no centro da vila de Ribeirão, descrevendo a chegada do grupo de jovens que, cerca de uma hora depois, sofreram o violento despiste em Arnoso.
'Não tenho pena nenhuma. Pelo menos para parte deles, o caso está resolvido', afirmou um dos clientes, apoiado por vários populares presentes. Copos e garrafas pelo ar, troca de ameaças, empurrões e agressões dominaram os desacatos, a par de diversos vidros partidos.
LEVADA À FORÇA EM BOMBA
Quando ontem de manhã Armando Martins recebeu um telefonema a dizer que a carrinha que lhe foi roubada dois dias antes tinha ficado praticamente destruída num acidente, ficou em 'choque'. E quando foi ao local do acidente quase entrou em 'paranóia'. 'A minha mulher está desempregada e ainda faltam três anos para pagar o carro. Foi tudo junto', afirmou.
Armando Martins – funcionário da gasolineira Repsol, em Argoncilhe, Feira – recorda ao CM o momento do roubo: preparava-se para abastecer o carro de uma cliente quando ao lado do seu carro, ali estacionado, 'parou um Ford Fiesta com cinco ou seis jovens'. 'Um deles saltou e pôs o meu carro a trabalhar. Eu corri para ele e ainda me pendurei na janela. Ele deu-me uma cotovelada e caí'. Ao ver que lhe estavam a roubar a Opel que tanto estimava, a vítima, de 27 anos, ainda tentou pendurar-se na mala, que estava aberta. Depois, ligou para a GNR de Lourosa, mas o guarda que atendeu o telefone ter--lhe-á dito que se ele quisesse teria de ir apresentar queixa ao posto, 'porque era hora do jantar'. Aqueixa foi depois apresentada nos Carvalhos.

Nos Jogos Olímpicos

Laurentino satisfeito com participação portuguesa O secretário de Estado do desporto, Laurentino Dias, mostrou-se este domingo satisfeito com a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Pequim.
Em declarações à RTP, o governante considerou ter sido uma 'participação boa', explicando que as expectativas quando se parte para este género de competição são sempre as melhores, mas nem sempre os resultados vão de encontro ao esperado
Para Laurentino Dias, é necessário 'ter a consciência de que às vezes não se cumprem (as expectativas) e encarar isso com naturalidade”.
O governante disse ainda que os 14 milhões de euros investidos nesta participação foram bem gastos e que agora é preciso avaliar a missão para preparar os jogos de 2012.
Portugal conquistou duas medalhas, uma de ouro e uma de parta, naquela que foi a sua melhor prestação de sempre na competição olímpica.

samedi 23 août 2008

Braga vence Paços de Ferreira na Mata Real

O Braga iniciou da melhor maneira a Liga Sagres ao vencer o Paços de Ferreira, por 2-0, na Mata Real, num jogo em que a segunda parte justificou plenamente a vitória. No primeiro tempo o futebol praticado por ambas as equipas não foi o melhor. O Braga ainda assim esteve melhor, mas não conseguiu criar uma única oportunidade de golo no período inicial. A segunda parte começou praticamente com o golo de Meyong, aos 47’, com o paços de Ferreira, a partir daí, a procurar a igualdade. Foram, porém os bracarenses quem mais perigo criou, ainda que só cimentasse um triunfo justo a cinco minutos do final, com um golo de Paulo César, num contra-ataque muito bem conseguido e melhor concluído.

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