Mãe e filhas na miséria É mais uma história de miséria, no coração transmontano. Uma mãe e três filhas vivem na mais absoluta degradação, num casebre sem água, luz ou casa de banho. O rio Tua serve para se lavarem, enquanto os ratos passeiam pela casa.
Maria Olímpia Alfaiate, de 34 anos, não esconde a tristeza. "Vamos ao rio para nos lavarmos.
Maria Olímpia Alfaiate, de 34 anos, não esconde a tristeza. "Vamos ao rio para nos lavarmos.
Tentamos andar limpas", assegura a moradora da aldeia de Quintas, em Mirandela, que vive da agricultura e que só recebe o abono de família para apoiar as menores. "No Verão, ainda aguentamos. Agora no Inverno... Já viu o que é tomar banho com geada à nossa volta?", pergunta a mulher. As filhas – Raquel de 18 anos, Filipa de 16 e Isabel de 15 – partilham a desgraça. A mais nova – surda e muda – só vem ao fim-de-semana a casa, depois de ter sido acolhida numa unidade da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral, no Porto.
Para chegar ao rio, esta família percorre cerca de 300 metros. "Às vezes ainda aquecemos água no fogão e tomamos banho nos alguidares. Por sua vez, as necessidades fazemos nos bacios que depois despejamos no mato", assegura Maria Olímpia, realçando outras carências: "No Inverno ou nos dias de mais chuva, a água entra em casa e tenho de pedir à minha irmã para nos deixar dormir na sua casa", conclui.
PORMENORES
Ajuda da aldeia
Na aldeia, os moradores ajudam como podem. Vão dando a Maria Olímpia alguns bens alimentares e roupas para as filhas.
Ratos na casa
Maria Olímpia recorda-se de estar grávida e de ver os ratos a passearem em cima do seu corpo. "Não há forma de evitar que entrem na casa", lamenta.
Casa está ilegal
As respostas sociais neste caso são nulas, muito por culpa de a casa estar ilegal. "Mas se não tenho dinheiro, como posso resolver o problema?", pergunta a mulher
Ajuda da aldeia
Na aldeia, os moradores ajudam como podem. Vão dando a Maria Olímpia alguns bens alimentares e roupas para as filhas.
Ratos na casa
Maria Olímpia recorda-se de estar grávida e de ver os ratos a passearem em cima do seu corpo. "Não há forma de evitar que entrem na casa", lamenta.
Casa está ilegal
As respostas sociais neste caso são nulas, muito por culpa de a casa estar ilegal. "Mas se não tenho dinheiro, como posso resolver o problema?", pergunta a mulher
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