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mardi 26 août 2008

Emigrantes poupam menos 7% este ano

Dificuldades. Em 2007, os emigrantes portugueses ainda conseguiram enviar para Portugal 2,6 mil milhões de euros em poupanças, o que daria para pagar uma nova Ponte Vasco da Gama. Mas a recessão também se faz sentir nos seus bolsos e a remessas vindas do estrangeiro caíram, já no primeiro semestre do ano, 7%
Emigrantes poupam menos 7% este ano
Os nossos emigrantes já viveram dias melhores, a avaliar pelo tamanho das suas poupanças. Em 2007, o cheque dos emigrantes enviado para Portugal valia quase 2,6 mil milhões de euros, o suficiente para pagar uma nova ponte Vasco da Gama, sobre o rio Tejo, em Lisboa. Mas já nos primeiros seis meses deste ano, o cheque das poupanças levou uma "tesourada" de cerca de 7% em relação ao primeiro semestre de 2007 (totalizaram 1,1 mil milhões de euros em Junho último).O que leva os emigrantes a cortarem na mesada, já este ano? Ainda é cedo para conclusões, mas também a força de trabalho made in Portugal não está a salvo das crises. Na Europa, nos últimos meses, o desemprego aumentou e os rendimentos baixaram. Foi o que sucedeu, por exemplo, na Alemanha e em França. Nos EUA, a economia definha e na Venezuela a crise política aconselha cautelas com dinheiros. É aliás, no país presidido por Hugo Chávez que as bolsas dos nossos emigrantes mais sofrem, a avaliar pelas poupanças. É que no primeiro semestre os nossos compatriotas enviaram menos 3,1 milhões de euros, um corte de 31% em relação aos mesmo meses do ano passado.Pelo contrário, há um novo Eldorado para os portugueses: Espanha. As remessas efectuadas desde o país vizinho aumentaram 56,5% entre 2006 e 2007 e já neste primeiro semestre o pecúlio (avaliado agora em 74 milhões de euros) cresceu 101%, apesar da "aterragem" da economia e da explosão da bolha imobiliária que pode, dentro de alguns meses, levar ao retorno de milhares de emigrantes.Espreitar a carteira dos compatriotas emigrados leva a reflexões. Quanto valem as suas poupanças, acumuladas nos bancos do País? As últimas contas indicam mais de 7,2 mil milhões de euros, 4,4% de toda a riqueza produzida em Portugal no ano passado. Sem estas remessas - que equivalem a 1,6% do produto interno bruto (PIB) - e sem os subsídios da União Europeia - outros 2,4% do PIB, uma soma de 3,9 mil milhões de euros em 2007 - o País não funcionava. E, sem estas poupanças dos emigrantes, o endividamento dos bancos portugueses ao estrangeiro seria muito maior. Os banqueiros esganariam os empréstimos às famílias e empresas e, com certeza, as taxas de juro praticadas no mercado seriam muito maiores. Nos últimos dois anos as poupanças que entraram nas fronteiras aumentaram 311 milhões de euros - dos quais 168,2 milhões de euros no ano passado. Mas nem sempre foi assim. O historial da bolsa dos emigrantes também experimentou agruras e altos e baixos. Por exemplo, os anos terríveis de 2002 e 2003 em que o cheque caiu mais de 1,3 mil milhões de euros.
Diario de Noticias

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