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samedi 23 août 2008

Falta de saneamento faz os pobres mais doentes

Hábitos milenares em aldeias africanas e asiáticas contrariados por ONG através da "vergonha"
Cerca de um sexto da população mundial não é servida por qualquer sistema de saneamento básico. A maior parte dessas pessoas vive em aglomerados da África e Ásia. Mas na Europa também há desfavorecidos.
A falta de saneamento básico afecta mais de mil e duzentos milhões de pessoas no Mundo e polui solos usados na agricultura. Esta realidade afecta não apenas países em desenvolvimento. Na Europa, subsiste a falta de condições salubres, apesar do volume de verbas utilizado para a reduzir.
Têm sido sobretudo as organizações humanitárias a fazer chegar o saneamento mais básico a populações de países em desenvolvimento. Com poucos recursos, elas não têm conseguido substituir-se aos governos. Em muitos casos, segundo a directora da UNICEF que coordena o programa para a água e saneamento, as acções procuram convencer os habitantes das aldeias africanas e asiáticas a não utilizar os campos como casa de banho, porque isso faz proliferar doenças, contamina os alimentos aí cultivados e polui também os cursos de água.
Mesmo quando foram postas casas de banho à disposição, torna-se difícil mudar atitudes. Clarissa Brocklehurst, que se dirigia aos participantes na Semana Internacional da Água, em Estocolmo, afirmou mesmo que as organizações humanitárias estão a incutir o sentimento da vergonha nos praticantes destes hábitos milenares para os dissuadir. O método consiste em organizar percursos com um grupo, mostrando às pessoas "como é repugnante viver num ambiente completamente contaminado".
A falta de saneamento básico ainda afecta a Europa (sobretudo no Leste, mas também há casos na Irlanda e nos países mediterrânicos). Portugal partilha desse problema - cerca de 25% da população não é servida por qualquer rede. A promessa constante na primeira versão do Plano Estratégico de Saneamento indicava que, em 2006, a taxa de cobertura seria quase total. Registaram-se atrasos e agora a meta visada é a de atingir os 90% com os investimentos do QREN até 2013.
Na sua intervenção em Estocolmo a presidente das Mulheres da Europa para um Futuro Comum, Sascha Gabizon alertou: "Pensa-se muitas vezes que na Europa só há ricos. Os políticos de Bruxelas não têm noção da dimensão do problema".
JN

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