Três morrem em carrinha roubadaFoi uma noite de loucuras que acabou em tragédia para um grupo de seis jovens das zonas do Porto e de Lisboa – alguns já referenciados por assaltos violentos. Na sequência de um acidente com uma carrinha roubada, três deles morreram e outros três estavam ontem à noite em estado muito grave no Hospital de S. Marcos, em Braga. Antes do despiste fatal, tinham protagonizado desacatos numa esplanada, onde aparentavam encontrar-se em profundo estado de embriaguez. O acidente deu-se em Arnoso, Vila Nova de Famalicão, com uma Opel Astra – com lotação para apenas cinco pessoas, mas onde iam os seis –, furtada dois dias antes em Santa Maria da Feira.
'Era um cenário de horror. Muito sangue, corpos despedaçados, entre um amontoado de chapa', descreveu ao CM o empresário Luís Tavares que, alertado pelo alarme do seu stand – cuja vedação 'foi destruída pelo veículo em despiste' –, se deslocou ao local logo após o acidente, pelas 02h00.
Numa zona de descida acentuada e de curvas apertadas, na estrada que liga Porto a Braga (a menos de um quilómetro da saída da A3 em Cruz), a Opel Astra – conduzida por um rapaz de 19 anos, residente em S. Domingos de Rana, Cascais – entrou em despiste e bateu primeiro no muro de vedação do Stand LB Car, indo depois ao encontro de um muro do lado contrário – os pedregulhos deste foram projectados para um campo agrícola.
Três rapazes, com idades entre os 17 e 19 anos, todos residentes na zona do Grande Porto, foram dados como mortos no local. Um dos feridos encontra-se nos Cuidados Intensivos do S. Marcos, onde lhe foi extraído o baço. Os outros dois apresentam fracturas no tórax e na bacia. As autoridades policiais apenas conseguiram identificar três elementos do grupo: o condutor, de Cascais, e dois jovens do Porto: Eduardo Paiva, de Cedofeita, e Daniel Cabral, do Bonfim.
Ao que foi possível apurar, alguns elementos do grupo que as autoridades conseguiram identificar estariam já referenciados pela Polícia Judiciária por furtos e assaltos violentos, sobretudo na zona do Grande Porto.
TINHAM MATERIAL FURTADO
A Opel Astra 1.6, de 1998, ficou completamente destruída por força do violento despiste sofrido em Arnoso, Santa Maria, numa zona de curvas com grande frequência de acidentes. Do amontoado de chapa que restou – e que foi rebocado pela empresa Joaquim Sanches, de Gavião –, foi ainda possível recuperar GPS e outros artigos roubados, a par de 'muitas garrafas de bebidas alcoólicas'. O Núcleo de Investigação Criminal da BT de Braga assumiu a investigação do acidente, aguardando os resultados das autópsias e dos exames sanguíneos aos feridos para apurar os níveis de alcoolemia, que se acredita serem elevados e que terão contribuído para o acidente, numa zona perigosa. 'Pelo menos uma vez por ano, tenho de arranjar a vedação. É uma zona perigosa, de velocidade e em que a curva tem inclinação para fora', queixou-se Luís Tavares, dono do stand LB Car.
'ENTRARAM POR AQUI ADENTRO E COMEÇARAM DESACATOS'
'Foi uma cena que ainda não dá para acreditar. Sem mais nem menos, pararam a Astra, entraram por aqui adentro e começaram a provocar desacatos', disse ao CM um dos cinco clientes que na madrugada de ontem se encontravam na esplanada do café Novo Milénio, no centro da vila de Ribeirão, descrevendo a chegada do grupo de jovens que, cerca de uma hora depois, sofreram o violento despiste em Arnoso.
'Não tenho pena nenhuma. Pelo menos para parte deles, o caso está resolvido', afirmou um dos clientes, apoiado por vários populares presentes. Copos e garrafas pelo ar, troca de ameaças, empurrões e agressões dominaram os desacatos, a par de diversos vidros partidos.
LEVADA À FORÇA EM BOMBA
Quando ontem de manhã Armando Martins recebeu um telefonema a dizer que a carrinha que lhe foi roubada dois dias antes tinha ficado praticamente destruída num acidente, ficou em 'choque'. E quando foi ao local do acidente quase entrou em 'paranóia'. 'A minha mulher está desempregada e ainda faltam três anos para pagar o carro. Foi tudo junto', afirmou.
Armando Martins – funcionário da gasolineira Repsol, em Argoncilhe, Feira – recorda ao CM o momento do roubo: preparava-se para abastecer o carro de uma cliente quando ao lado do seu carro, ali estacionado, 'parou um Ford Fiesta com cinco ou seis jovens'. 'Um deles saltou e pôs o meu carro a trabalhar. Eu corri para ele e ainda me pendurei na janela. Ele deu-me uma cotovelada e caí'. Ao ver que lhe estavam a roubar a Opel que tanto estimava, a vítima, de 27 anos, ainda tentou pendurar-se na mala, que estava aberta. Depois, ligou para a GNR de Lourosa, mas o guarda que atendeu o telefone ter--lhe-á dito que se ele quisesse teria de ir apresentar queixa ao posto, 'porque era hora do jantar'. Aqueixa foi depois apresentada nos Carvalhos.
'Era um cenário de horror. Muito sangue, corpos despedaçados, entre um amontoado de chapa', descreveu ao CM o empresário Luís Tavares que, alertado pelo alarme do seu stand – cuja vedação 'foi destruída pelo veículo em despiste' –, se deslocou ao local logo após o acidente, pelas 02h00.
Numa zona de descida acentuada e de curvas apertadas, na estrada que liga Porto a Braga (a menos de um quilómetro da saída da A3 em Cruz), a Opel Astra – conduzida por um rapaz de 19 anos, residente em S. Domingos de Rana, Cascais – entrou em despiste e bateu primeiro no muro de vedação do Stand LB Car, indo depois ao encontro de um muro do lado contrário – os pedregulhos deste foram projectados para um campo agrícola.
Três rapazes, com idades entre os 17 e 19 anos, todos residentes na zona do Grande Porto, foram dados como mortos no local. Um dos feridos encontra-se nos Cuidados Intensivos do S. Marcos, onde lhe foi extraído o baço. Os outros dois apresentam fracturas no tórax e na bacia. As autoridades policiais apenas conseguiram identificar três elementos do grupo: o condutor, de Cascais, e dois jovens do Porto: Eduardo Paiva, de Cedofeita, e Daniel Cabral, do Bonfim.
Ao que foi possível apurar, alguns elementos do grupo que as autoridades conseguiram identificar estariam já referenciados pela Polícia Judiciária por furtos e assaltos violentos, sobretudo na zona do Grande Porto.
TINHAM MATERIAL FURTADO
A Opel Astra 1.6, de 1998, ficou completamente destruída por força do violento despiste sofrido em Arnoso, Santa Maria, numa zona de curvas com grande frequência de acidentes. Do amontoado de chapa que restou – e que foi rebocado pela empresa Joaquim Sanches, de Gavião –, foi ainda possível recuperar GPS e outros artigos roubados, a par de 'muitas garrafas de bebidas alcoólicas'. O Núcleo de Investigação Criminal da BT de Braga assumiu a investigação do acidente, aguardando os resultados das autópsias e dos exames sanguíneos aos feridos para apurar os níveis de alcoolemia, que se acredita serem elevados e que terão contribuído para o acidente, numa zona perigosa. 'Pelo menos uma vez por ano, tenho de arranjar a vedação. É uma zona perigosa, de velocidade e em que a curva tem inclinação para fora', queixou-se Luís Tavares, dono do stand LB Car.
'ENTRARAM POR AQUI ADENTRO E COMEÇARAM DESACATOS'
'Foi uma cena que ainda não dá para acreditar. Sem mais nem menos, pararam a Astra, entraram por aqui adentro e começaram a provocar desacatos', disse ao CM um dos cinco clientes que na madrugada de ontem se encontravam na esplanada do café Novo Milénio, no centro da vila de Ribeirão, descrevendo a chegada do grupo de jovens que, cerca de uma hora depois, sofreram o violento despiste em Arnoso.
'Não tenho pena nenhuma. Pelo menos para parte deles, o caso está resolvido', afirmou um dos clientes, apoiado por vários populares presentes. Copos e garrafas pelo ar, troca de ameaças, empurrões e agressões dominaram os desacatos, a par de diversos vidros partidos.
LEVADA À FORÇA EM BOMBA
Quando ontem de manhã Armando Martins recebeu um telefonema a dizer que a carrinha que lhe foi roubada dois dias antes tinha ficado praticamente destruída num acidente, ficou em 'choque'. E quando foi ao local do acidente quase entrou em 'paranóia'. 'A minha mulher está desempregada e ainda faltam três anos para pagar o carro. Foi tudo junto', afirmou.
Armando Martins – funcionário da gasolineira Repsol, em Argoncilhe, Feira – recorda ao CM o momento do roubo: preparava-se para abastecer o carro de uma cliente quando ao lado do seu carro, ali estacionado, 'parou um Ford Fiesta com cinco ou seis jovens'. 'Um deles saltou e pôs o meu carro a trabalhar. Eu corri para ele e ainda me pendurei na janela. Ele deu-me uma cotovelada e caí'. Ao ver que lhe estavam a roubar a Opel que tanto estimava, a vítima, de 27 anos, ainda tentou pendurar-se na mala, que estava aberta. Depois, ligou para a GNR de Lourosa, mas o guarda que atendeu o telefone ter--lhe-á dito que se ele quisesse teria de ir apresentar queixa ao posto, 'porque era hora do jantar'. Aqueixa foi depois apresentada nos Carvalhos.
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