Antes de "Maximizing the audience", "A man of no fortune, and with a name to come" e "After virtue" consolidarem Wim Mertens como um dos mais relevantes músicos ligados à escola minimalista europeia, o belga editou, em 1982, sob a capa do ensemble Soft Verdict, um álbum, "Vergessen", feliz pela forma como expressa as virtudes da convivência tipológica.
Quer isto dizer que o LP recicla as influências, então previsíveis, de Mertens - La Monte Young, Philip Glass, Steve Reich, Harold Budd e Michael Nyman - e adiciona-lhes uma sensibilidade que, à época, prestava especial atenção às tonalidades electrónicas.
Não é por outra razão que "Inergys", "Circular breathing", "Mildly skeeming", "4 mains", "Multiple 12" e "Inergys (reprise)" constituem um notável mosaico, no qual a colisão entre clarinete, saxofone, flauta - além de outros sopros -, baixo, bateria electrónica, harpa, piano, sintetizadores e viola faz da música de "Vergessen" uma experiência intelectual tão estimulante.
Wim Mertens derivaria, posteriormente, para uma rigidez formal que, após "After virtue", o remeteu à quase insignificância estética, propondo, regra geral, discos alicerçados numa escrita de pendor pseudoclássico.
Nada que tenha impedido o crescimento de um culto de dimensão assinalável. Basta conferir, por exemplo, através do número de vezes que actuou em Portugal.
De qualquer forma, "Vergessen" ficará sempre como obra magna de um belga assumidamente cosmopolita.
Quer isto dizer que o LP recicla as influências, então previsíveis, de Mertens - La Monte Young, Philip Glass, Steve Reich, Harold Budd e Michael Nyman - e adiciona-lhes uma sensibilidade que, à época, prestava especial atenção às tonalidades electrónicas.
Não é por outra razão que "Inergys", "Circular breathing", "Mildly skeeming", "4 mains", "Multiple 12" e "Inergys (reprise)" constituem um notável mosaico, no qual a colisão entre clarinete, saxofone, flauta - além de outros sopros -, baixo, bateria electrónica, harpa, piano, sintetizadores e viola faz da música de "Vergessen" uma experiência intelectual tão estimulante.
Wim Mertens derivaria, posteriormente, para uma rigidez formal que, após "After virtue", o remeteu à quase insignificância estética, propondo, regra geral, discos alicerçados numa escrita de pendor pseudoclássico.
Nada que tenha impedido o crescimento de um culto de dimensão assinalável. Basta conferir, por exemplo, através do número de vezes que actuou em Portugal.
De qualquer forma, "Vergessen" ficará sempre como obra magna de um belga assumidamente cosmopolita.
Source Jornal de Noticias
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